Eu estava dirigindo-me á casa de tia olga,quando senti-me mal. Parei ao PÉ da LADEIRA. Sentei-me ofegante e sondando redor. Ali permaneci até melhorar.
Ao tentar recomeçar a jornada, subiu um gosto estranho na BOCA do ESTÔMAGO. Era amargo e deu-me ânsias de vômito O tal gosto, Deixou baba no PÉ da LÍNGUA, que subiu espalhando se ao CÉU da BOCA. A PLANTA do PÉ, Formigava.
Apreensiva novamente parei. Foi nesse momento que senti u'a dor no PÉ da BARRIGA. Tornei a sentar-me na grama, fitando o céu à pedir socorro, notei que estava prestes a despencar um PÉ D'ÁGUA, precedido por um PÉ de VENTO, quase um furacão!
Lépida, levantei-me para correr chegar à casa de minha tia, antes do aguaceiro cair. Mas, veio-me outra dor na BATATA-da -PERNA cortando minha respiração!
Fiquei estática! Sem saber se andava, se ali ficava... bem, decidi por seguir em frente.
Como estava sob dor e mal-estar, desviei-me do caminho, sem perceber! Deparei-me com uma BOCA de MATA.E era uma MATA FECHADA!!! Deu-me medo! Então, permaneci quieta, em pé, mesmo. Sondando o ambiente, até quando caiu a BOCA da NOITE.
As estrelas já estavam a todo lume, precedidas pelos pirilampos.Estes, povoavam a mata. foi emocionante apreciar mesmo temerosa, o acender e o apagar desses inofensivos bichinhos!
Ouvi passos. Ah! Deus é Deus! Mandou-me socorro.
boa noite. ouvi a voz de um senhor. boa noite, respondi, já perguntando-lhe em seguida, com me viu, no escuro. Dona, nasci e vivo aqui. aprendi inxergá mermo na iscuridão. sua voz era clara e pausada. Passou-me confiança.
Pedi-lhe ajuda.
- Adonde a sinhora vai?
- Vou à casa de dona Olga. O senhor conhece? Ela mora do outra lado. Aliás, nem sei direcionar ao certo,onde.
-dona Orga, viúva de seu Manel?
- Ela mesmo, respondi.
Na casa de tia Olga, agradecemos-lhe,efusivamente. tia Olga ofereceu -lhe BABA de MOÇA.
-Aceito não, sinhora. Eu num tenho nem fia, quanto mai moça! quem tem moça, é home casado Esposa em casa e moça na rua. Adispoi, coma se corta baba? Posso falá u'a coisa no seu PÉ d'UVIDO?
- Pode, sim
-Eu num gosto nem de beijo na boca.
Ouvi claramente esse cochicho minha tia ofereceu-lhe PÉ-de -MOLEQUE, que ele saboreou mostrando prazer, ali mesmo ao PÉ do ALPENDRE. Ao terminar o saboreio do doce,ele disse:donas, vou imbora, poi moro na BOCA do RIO qui nasce no PÉ da SERRA.É um rancho coberto cum PATA de VEADO, tchem u'a prantação da frô CHAPÉU-de -CÔRO, qui trato cum muctho dchengo! No fim do quintá, prantchei tanto BICO- de- PAPAGAIO,tá u'a frumusura, só! Há tumbém, muitcha LÍNGUA-de- VACA. Mermo eu sofreno de BARRIGA D'ÁGUA, zelo do meu rancho, das minha prantação, desda subida intché no descambado.
Minha tia pediu BICO de FRADE.
-Minhas pranta já é muda mermo. Intché a LÍNGUA de SOGRA, num fala nada, não Fica caladinha a eu quano tô cum dor no PÉdo DCHENTE.
O senhor tem CORDÃO de SÃO FRANCISCO e CORDÃO de SÃO CAETANO?
Oia, dona. Adispoi de tantos zano qui sao Franciscoe são Caitano morrero, ainda ixisteos cordão dchles?eu intché gosto muitcho dos doi.
Minha tia e eu abafamos as risadas. De chofre, ele perguntou:
- A sinhora faiz aquele doce OIO de SOGRA?
-Faço,sim.
- Antonse, quarqué hora dessa, venho trazê os avinhamento pra a sinhora fazê.
-Farei com todo prazer. e como a senhor se chama?
-Antonho azulino. Às sua zorde.
-Me chamo Olga.
-Eu sei. cunhici seu marido Gente fina!
Apresentei-me também. Sou Araci. Me auto censurando pela demora das apresentações.
-Agora vou imbora pruque aquele toró qui ameaçou di tarde, vai cair, já, já.Tchau, donas, intché.
-Até qualquer dias desses, respondemos. ao vê-lo à certa distância, gargalhamos prazerosamente!
Entramos e tia fez um chá de espinho cheiroso e PATA de VACA, pra mim. tomei-o. E, felizmente não deixou gosto ruim no PÉ da GARGANTA.