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Família. Estes são alguns de meus netos.

Gabinete Português de Leitura

sexta-feira, 31 de julho de 2015

O Filho de Dona Idalina

    Dona Idalina era casado com seu Adroaldo. Não eram felizes porque ele era turrão,unha de fome e... ordinário  no sentido lato da palavra.
    Fora de casa, todos o tinham numa conta de bom pai,e ótimo chefe de família. somente a vizinha sabia o quanto dona Idalina sofria. Juntamente com os filhos  dona Idalina suportava maus tratos,xingamentos e humilhações, somente por causa da sovina e crueldade dele.
    Seu Adroaldo era capataz na fazenda do padrinho de uma de suas filhas.Era da confiança do fazendeiro e por isso desfrutava de certas regalias e de um bom salário, em relação aos outros das fazendas vizinhas.Mas só comprava o restritamente necessário para matar a fome da esposa e dos filhos.  Vestiam e calçavam o que os parentes, vizinhos e amigos não queriam mais. Dona  Lina, como era conhecida, até chorava de alegria quando recebia as doações de tamancos de madeira  e couro cru,para os meninos e malandrinha  dos mesmos materiais, pra as maninas, pois dona Lina sabia o risco que os filhos corriam de pegar verminose... por andarem descalças. Sob tanta vergonha de lavar roupa sem sabão, ou com as folhas de uma árvore que faz espuma,deu para ir à fonte  lavar roupas, na madrugada ou, á tardinha, quando o sol já estava se pondo. [no momento não lembro o nome das folhas] As panelas ela lavava com folha de cajueiro brabo. [limpa de verdade]
    Seu Adroaldo no entanto, vestia e calçava-se bem, porque era mais instruído  na leitura e na arimética.  Hoje, matemática. por isso companhava o patrão ele ia acertar a venda de piaçava ou outros produtos. Agilizava  compras para o campo na cidade vizinha, poque era maior, então encontrava tudo necessário ao serviço da fazenda.
    Uma ocasião ele reduziu o que já não dava para alimentar seus filhos por toda a semana, que as crianças sentiam fome e choravam. A vizinha percebeu.  E, por duas vezes na semana ela arrecadava com outras vizinhas, um pouco de cada gênero alimentício e doava para d. Lina. quando seu Adroaldo chegava à tardinha em casa, ia tomar banho na fonte. na volta, ia à cozinha destampava a panela, comia o restante. Sequer perguntava quem deu, se ela comprou e como.
    Um dia a vizinha trouxe bananas da terra,  um pedacinho de toucinho, um pedacinho de carne de jabá um caneco de leite condensado cheio de farinha e um pouco de azeite de dendê numa caneca de louça sem a asa. Para render  o almoço, d.  Lina d. Lina baixou cabeça e falou num fio de voz:
    - A senhora notou que estou precisando. Que vergonha!
    -Tem nada, não. estamos aqui, pra servir. "quem não vive pra servir, não serve pra viver. esse é o lema das freiras Mercedárias.
    Para render mais o almoço, d. Lina cortou bem miudinho a carne, o toucinho e as bananas, cortou em rodelas, fez uma moqueca e almoçaram que se fartaram e sobrou.
    Seu Adroaldo ao chegar, fez o que era de costume. quando destampou a panela,  gritou perguntando a d. Lina:  fez festa, eu sou rico pra você fazer um desperdício desse? Não sou rico. Vá acabar coma fortuna do seu pai.
 um dia d, Lina recebeu de uma vizinha abastada, doação em dinheiro Então, foi ao armazém de seu Oscar , comprar  sabão. Assim que ele a viu, disse ;
    -Bom dia d. Lina. o que a senhora quer?
    -Bom dia, seu Oscar. Quero cem gramas de sabão pintado.
    - tô surpreso em lhe ver aqui.  Não vai levar frutas pra seu marido?
    -Não ele não gosta de frutas.
    -Gosta de mais, até.
    -como o senhor sabe?
    -Toda tarde ele compra cana, abacaxi. a fruta que tiver aqui, sobe pra lá, disse apontando para o morro do outro lado da rua. senta na grama e se empanturra.
    D. Lina pegou o sabão, deu té logo, e se foi com aquele baque dentro de si, que quase não  continha o pranto.
    Bem, no fim da tarde seu Adrodoaldo cumpriu seu ritual, e disse; amanhã, quero roupas bem passadas e sapatos limpos, que vou à Salvador com o patrão. saiu.
    Você  comprou  sabão?
  -Não. Vejo vocês de roupas limpas...
  -As vizinhas me dã sabão pra eu lavar as roupas das crianças e as minhas.
  -Ah, chega de lenga-lenga!
 E saiu a passos firmes e céleres.
 Um dia  d. Lina ia passando pela porta da loja ao lado do armazém de seu Oscar, viu um tecido lindo no mostruário. Parou para admirar. De repente, ouviu a voz de seu  Oscar .
 - Boa tarde, d. Lina. Tá achando o tecido bonito, não e´?
-boa tarde seu Oscar. E bonito sim.
-Compre antes que acabe.
-Com que dinheiro?
Ah, pede ao marido. ele gasta tanto com frutas... que já anda com uma faquinha cabo de jacarandá, bem amolada no bolso.
-Tá certo vou pedir. Até  outro dia. E foi-se embora pra casa.  A angustia Voltou dessa vez, maior que da primeira vez em que seu Oscar falou da preferência do marido dela, por frutas
 Pelo caminho foi pensando como fazer pra descobrir se seu Oscar estava falando a verdade.
 Depois que o marido acabou de comer como de costume, a sobra do que as vizinhas doaram, saiu colocando algo no bolso. Ela viu bem o cabo da faca. Ah! Parece que seu Oscar  tá falando a verdade. Passou as mãos nos cabelos e saiu atrás, a passos lentos para não ser vista por ele. ao chegar no quarterão do armazém,  escondeu-se por trás do portão  dum galpão que estava aberto, e ficou observando as portas do armazém. por uma delas, ele sairia. alguns minutos depois ele saiu com um abacaxi, uma penca pequena de bananas de mesa, e um abacate bem grande. Atravessou a rua, subiu o passeio e passou para o morro. Lá, botou as frutas com cuidado no chão. Sentou-se sobre as pernas, ergueu o quadril direito tirando a faca, começou a descascar o abacaxi. Que pai eu dei aos meus filhos! Não conseguiu conter as lágrimas que desciam longas, doídas...
 Se ele pode comprar este pequeno banquete, por que não leva pra casa e come-o com os filhos? Saiu do esconderijo certificando-se de que ele não viu-a, e foi pra casa com as lagrimas descendo pelo rosto, que ela quase não via node pisava.
  ao cegar perto de casa, parou, limpou os olhos, ergueu o queixo, respirou fundo e entrou.  Abraçou o terna e demoradamente cada um e beijou-os.  Notou que alguém chegou na porta. Olhou e viu o filho mais velho cabisbaixo e também com lágrimas a descer pela face! só nesse momento ela percebeu que ele não estava entre os outros.  E polo que via, ele estava sabendo o mesmo que ela. coitadinho!  Já crescendo com sofrimento. Logo na alma!!! Abraçou, beijou-o carinhosamente, alisou-lhe o cabelo, perguntando-lhe, você viu o que eu vi? Ele olhou  para o chão.
  -Tudo bem, filho. não sei como você descobriu.
  -Eu já sei disso há um bom tempo. Brinco muito no morro com os amigos e vejo-o sempre lá fazendo o que a senhora viu.
  -por que não me disse?
  -Para não ver a senhora sofrendo do jeito que está, mãe.
  D. Lina foi sacudida por um tremor e pranto, desesperadores. quase sem controle abraçou o filho com muita força, levantou a cabeça  e disse alto: obrigada, meu Deus, por este filho que me destes Obrigada, por deixá-lo puxar ao pai. coitadinho! quanto sofreu sozinho ao descobrir o pai que tem.  Mas sei, Senhor que estais lhe fortalecendo e confortando-lhe a alma, para que ao crescer não esteja traumatizado.  Obrigada, Senhor, me ajuda a cuidar dele. E dos outros, também. pois pelo pai que dei-lhes, estão sozinhos.  Obrigada, senhor , sei que com este filho que me destes, não estarei sozinha. nunca.







quinta-feira, 30 de julho de 2015

A Vovó e a Tecnologia.

    Nelson me levou à cidade pra comprarmos os celulares. O meu escolhi rosa com detalhes brancos. Nelson quis o dele, preto. os dois com tecnologia de ponta.
    com a desculpa de ir visitar uma amiga,enquanto ele aviava as compras para o serviço do campo, Fui comprar os computadores. Dei preferência aos da operadora xxx. que no momento estava com os mais modernos. Na mesma loja comprei tudo necessário para a instalação. avisei que iria levar agora. então o vendedor passou isso pro gerente, que veio falar comigo dizendo que eu tinha que dar um tempo par arrumar tudo dei-lhe o tempo com meia hora antes de sairmos da cidade, dei o endereço de onde o caro estava, pedindo que por favor, não atrasasse no horário, pois o motorista não espera. Ele  me informou as melhores  operadoras de internet, deu-ma  a garantia  do cumprimento da hora de entrega, dizendo: dou-lhe minha palavra de honra. Sai feliz, direto para o transporte, lá fiquei aguardando.
    Ai,ai, ai. já vejo a cara de interrogação de Nelson ao ver o motorista da loja me entregando Tanta coisa. embalagem de vários tamanhos. Pois comprei logo as mesas próprias para os computadores.Não vou correr o risco de colocá-los em mesas improvisadas e depois ver acontecer um incidente, um dano nos aparelhos. "Melhor prevenir, que remediar."  Ao chegar em casa vou agradecer ao Senhor, minha aquisição.
    com a desculpa de que um vizinho  já tem computador, escreverei aos filhos,netos e parentes pedindo   E-MAIL, FACE deles. Terei que  Imagino com ficarão surpreendidos quando abrirem o  computador e verem minha mensagem e postagem!
vou descobrir com ajuda de Lurdinha. Ela faz comunicação e tenho certeza que me ensinará com a maior boa vontade, pois que é uma das pretendentes à eleita de Pedrinho. Não que eu queia usar isso como desculpa. é que ela é, realmente boa e não tem outra pessoa por aqui, que saiba manusear  computador. Vai também me ensinar com o celular. Mandarei um recado pra ela, pelo trabalhador que mora perto dela, e aguardarei sua resposta.
    Enquanto espero a chegada da minha compra, me lembrei que no S. João, Pedrinho me fez um comentário sobre os olhos , a boca e o corpo de Lurdinha.  Ah! Que bom! Mas... A menina tem uns dois anos  mais que ele. Isso interfere? Será? Deixa pra l´. não é do meu feitio intrometer em escolha   sentimental de ninguém, mesmo sendo meu familiar.

    Sento -me num banco sob uma árvore  perto do coletivo para organizar os pensamentos. Esses quando organizados, resolvemos com mais eficiência e rapidez.
    Bem, chegou a hora de entramos no ônibus. Minhas compras não chegara.  E agora? Já i pedir ao motorista, a gentileza de esperar uns cinco minutinhos, quando na esquina apareceu o carro da loja xxx  Ah, que alívio!
    Em casa, tudo no devido lugar, agora é só esperar a loja mandar o montador,e o técnico. Tenho que controlar a ansiedade que me assola. Fui à varanda sentar-me para descansar, pois o dia foi "puxado". Minha idade tá mais pra lá do que pra cá. Nelson chegou  bem devagarzinho , perguntando: agora,  minha senhora, pode mi dizer o que são aquelas coisas? Você compra o que lhe dá na telha sem e dizer nada tá ficando sabidinha, né? E caiu na gargalhada. Uma gargalhada que mostrava como estava contente, mesmo sem saber o que eu tinha comprado.  disse-lhe, ele elevou os braços com as mãos fechadas, e disse eta mulher decidida!
    Parabéns, querida. você fez muito bem. já era tempo de eu ter feito isso.
    -Nego, comprei pra nos comunicar com nossos filhos, netos e parentes, quando quisermos e acharmos necessário.
    Ele saiu em direção ao povoado, e eu fiquei sentada ordenando meus pensamentos, quando ouvi um;boa tarde bem jovial. vindo do portão. era Nivaldo filho de meus compadres.
    -boa tarde, menino. Entre. O cadeado está aberto.quando ele chegou junto  a mim, mostrei-lhe a cadeira ele agradeceu sentando-se.
     -Como vão compadre Deusdete e comadre Miralva?
    -Bem, graças a Deus.
    -O que lhe trás aqui?
    -Eu tava embaixo da quela goiabeira,de lá vi seu celular, vim lhe dar os parabéns.
    -Ah, obrigada. Mas ainda vou  esperar Lurdinha vir me ensinar.
    -Eu não posso?
    -Você!!!?
    -Sim. também tenho celular.
    Ergueu o quadril esquerdo, tirou o aparelho do bolso. Um celular tão moderno quanto o meu!
    -Foi Lurdinha quem me ensinou.  Quando a senhora quiser eu ensino.
    -Se você puder, agora mesmo.

   
   

A SURPRESA.

    Nove horas da manhã. dia útil da semana, ouvi um: oi de casa, vindo do portão lateral da casa. Fui ao janelão que dá plena visão pro portão. ai, que Surpresa! As candidatas a eleita de Pedrinho.
    -bom dia, cuma vai a sinhora?
Perguntaram as duas ao mesmo tempo. Aliás, são costumeiras nisso. parece até que ensaiam.
    -Bom dia. Bem, obrigada. Podem entrar, o portão está encostado. entraram com o jeitinho sonso delas. Mostrei-lhes a porta da cozinha, quando entraram, mostrei o banco junto à mesa. sentaram. Ofereci café Pois quando elas chamaram no portão, eu sentando no banco para quebrar meu desjejum.
    -num precisa,  sinhora já tumamo cedo.
    -Pois então, deve  m tomar novamente. Faz de conta que é a merenda.
    -Se a sinhora acha, aceitamo, sim.
    Não vou dizer novamente que falaram ao mesmo tempo.
    Enquanto tomávamos café perguntei por seus familiares. Responderam que estavam bem.
   - A que devo a honra dessa visita?
    olharam pro chão, também ao mesmo tempo!!! Sonsas! Pensei com meu botões.
    - nói subemo qui Pedrinho tá aqui. viemo visitá ele.
    -Fora do Natal e do S. João?!!!
    Dessa vez a amiga respondeu sozinha. Talvez por isso vi que ela é dentuça, além de ter os dentes muito largos. Rapidamente lembrei-me de uma cantiga que eu ouvia minha mãe cantar, quando tinha uma querela com alguma vizinha. Era mais ou menos assim;

                                   Sai daqui ó suja
                                   Com sua carona que me faz correr
                                    Sua boca grande
                                    com os dentões pra fora
                                    Querendo me morder
                                 
                                    Eu estou falando
                                    Ela está pensando
                                    Que não é com ela
                                   Sai-te jararaca
                                   Olho de alfavaca
                                   Cara de gamela.

                                 Toda se sonsando
                                  Só parece a peste
                                 quando vem do leste
                                 Quando vem matando.



   

quarta-feira, 8 de julho de 2015

O Pedida da minha Filha.

    Recebi carta da minha filha, pedindo para eu comprar telefone celular, já que a operadora... promete, promete e não instala. Aliás, Nelson,dias atrás, me disse que iria comprar este aparelho, na próxima ida à cidade.E se eu quisesse, compraria o meu.  Que bom!Penso meus filhos , netos  ligando, eu eu também, sempre que nos der vontade e na ocasião necessária.
    Acho bom eu ir para escolher o meu. Preciso de um com dois chips. A cor, de acordo com o aparelho que gostar. Aproveito para dar uma passadinha na seção dos computadores,, me informar se há possibilidade de instalar um aqui em casa, de hora que na região ainda não tem, não posso comprar sem saber devidamente. já estou nessa idade, pra que guardar minhas economias, se meus filhos não precisam, delas, eu não vou levá-las pro céu.  Nelson  e eu fomos abençoados com  uma  saúde  muito boa. Então, empregarei-as para adquirir essa tecnologia.De ponta, diga-se de passagem!
    Quanto a quem vai me ensinar, pedirei a lurdinha que está cursando informática. Tenho certeza que ela não se negará
    Serei a primeira vovó informatizada da redondeza. Não direi esse meu plano, a ninguém, pois que muitos dirão: é maluquice! A sinhora num vai cunsigui aprendê, tá véia de mai. Vou fazer surpresa a todos Ah, se vou!
    Caso seja possível instalar  computador aqui,penso como Pedrinho e Denilsinho ficarão. já vejo-os, assim: Um ansioso pra que o outro largue o aparelho, e ele pegar.
    Pensando bem, minhas economias dão pra eu adquirir dois aparelhos. Então... O que uma avó não faz pelos netos? Nelson vai vibrar de contentamento. Louco pelos netos, do jeito que ele  é! Ai, ai. Tò vendo a cara de vovô babão, dele.
    Acho que os avôs e avós curtem tanto os netos, por que quando então pais e mães, viviam presos aos compromissos de trabalho lida lida e problemas domésticos, enganjados em obra sociais. quando agora avós,a maioria está aposentada, ai, sobra  esse tempo para paparicar e até.... "deseducar" os netos. Pelo menos comigo  e Nelson foi  desse jeitinho.
   
Deixo-me  organizar  meu plano na cabeça para no dia da compra, não ter nada que me deixe pô-lo em prática, então.
Imagino Denilsinho enviando fotos das iguanas, pelo face. elas estão em maior quantidade Povoaram a área, com uma rapidez!  Estou igual a Denilsinho. fascinada por elas. Pedrinho não vai deixar de enviar postagem do banho com as brincadeiras na lagoa, os festejos juninos e natalinos Vai valer a pena, comprar os computadores, sim. Claro que  vou querer aprender a manejar o computador, sim.  Lurdinha tá ai.
   

terça-feira, 7 de julho de 2015

Visitas em Dia de Chuva.

    Amanheceu chovendo. é bem vinda a chuva.Assim minhas visitas dormem bastante, pois não tem com sair sob chuva, e eu descanso. Só Nelson levantou-se às seis horas. Ele até que acordou tarde! Normalmente levanta-se ás quatro e meia. às cinco horas. Deve ser por conta da chuva que cai torrencialmente.Neste momento ele está às voltas dirigindo os trabalhadores.  Certamente vai mandar armar outra fogueira, pois á noite teremos visitas dos vizinhos.
    fiquei a ordenar minha tarefas domésticas no pesamento, enquanto descansava mais, na quela preguicinha, quando de repente ouvi  Nelson me chamando apressado.
    -Nega, nega, vem cá. Visita.
Levante-me apressada, enviei um espere um pouco. Fui me arrumar pra poder receber a visita. Quando cheguei à porta, elas [porque eram duas as visitas] já estavam devidamente acomodadas num dos bancos toscos da varanda.  elas me saudaram primeiro.
   Bom dia. cuma vai a sinhora? ambas falaram ao mesmo tempo.
   -Bom dia, meninas. O que lhes trouxeram aqui, tão cedo? Mostrei minha impaciência, nesta pergunta
  - Cadê Pedrinho?
   Novamente perguntaram ao mesmo tempo, sorrridentes mostrando assim, como estavam ansiosas para ver meu neto. Nem um sinalzinho de cerimônia, em uma das duas!
- Dormindo. Respondi seca. Mas, educadamente. A cara de desconsolo das duas era de fazer rir. voltem à tarde, porque não sei a que horas ele vai acordar.
-Tá certo. Inté, mai, intonsse
-Até. vão pela sombra.
  Ai, ai, ai! Estas duas vão criar problema por tanto interesse assim, por Pedrinho! Se fosse uma. Mas as duas?!!! Duas meninas sem juízo, interessadas no mesmo rapaz, é barril de pólvora pronto para explodir.
   Deixei que o pessoal dormissem até à uma hora, quando levantaram   sem ser chamado.  quando terminaram a higiene oral, perguntei se não seria bom almoçar logo pelo avançado das horas.
   -não!!! Queremos tomar café com bolo de milho verde, pamonha de carimã, e beiju de tapioca, leite fresco no café torrado em casa.  Respondeu  um dos amigos de Pedrinho.
  -O outro desse: depois do café, vamos tomar babho na lagoa, na volta almoçamos.  Talvez estejamos lhes incomodando no seu dia a dia,  Peço desculpa. Mas temos  aproveitar, "enquanto  Brás é tesoureiro." Não sabemos se teremos outra oportunidade desta.
   Quando eles iam saindo para a lagoa, as duas chegaram ao portão. cumprimentaram-nos com um boa tarde alegre, além do normal. Pedrinho desculpou-se. explicou o ia fazer e saiu com os amigos.
   Como não notar a cara decepcionada, das moçoilas casadouras? Se despediram, prometendo voltarem depois.
   É!Elas estão numa luta ferrenha. E Pedrinho, nem ai! Meu neto tem juízo.
   Nelson um tanto desconfiado, perguntou-me: eu tô enganado, ou as duas estão interessadas no meu neto?   -Nele mesmo, Nego  disfarçam uma da outra, com a maior hipocrisia, achando que nos enganam.