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Família. Estes são alguns de meus netos.

Gabinete Português de Leitura

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Saudade Prazerosa.

    Ao abrir a janela do meu quarto quando acordei, vi no pé de quarana em frente, quatro iguanas enormes! E dois micos. um deles com dois filhotes nas costas,

                                   
                                 Um virado pro norte.
                                 Outro pro sul.
                                 Os dois de tenro porte,
                                  Assustados com um surucucu.

    Que visão prazerosa! Que janela e árvores generosas!Ah! É quase indescritível Essa visão ao amanhecer. Os micos, já são costumeiros neste pé de quarana. Mas as iguanas, eu nunca tinha visto-as ali.Como são grandes! Deus benza, não quero botar olhado nas bichinhas tão inofensivas.Têm listras pretas, são de um verde mais pra cinza escuro, são lindas, lindas, lindas e fascinantes! O que me deixa muio encantadas nelas, é a quietude em ficar horas e horas a fio no mais alto galho da árvore, sem se sair dali, incrível para quem não vê!
    Diante de tal visão gostosa, prazerosa... lembrei-me de Denilsinho. Ah! Que saudade bateu e abateu meu coração! A saudade dos familiares, dos amigos, dos netos, então...! Sem palavras.

    Escancarei a janela e fui arrumar a cama. em seguida, cuidar de mim. e com pressa. começam hoje, minhas aulas com Lurdinha. Ela chega daqui a pouco vai me ensinar a manusear o teclado do computador. Nem preciso dizer o quanto estou ansiosa, eufórica, ao mesmo tempo. Preciso? Chamei meu marido.
    -Nego, se Lurdinha chegar antes de eu me arrumar, faça sala pra ela, por favor, tá?
    -Já sei, nega. Também vou pedir-lhe que me ensine sou bobo, não,ora!
    Ao chegar na cozinha, abri a janela. outra visão gostosa! Uma garça tão... branquinha, elegantemente pousada na cerca que divide o  quintal, da propriedade.dona de um bico amarelado e longo quanto seu pescoço, pernas também longas e amareladas,  é cheia de graça graça, esta garça!


















domingo, 16 de agosto de 2015

Reino Animal X Reino Humano

    -Mamãe, mamãe!-chamei, aliás. gritei, a mamãe.
    - que é, Lindaura, que desespero é este, menina!!!?
    Pintada tá gorda. Mas é só na barriga!!!
    Lindaura, meu bem, ela tá prenha.
    Ela, o quê?
    Está esperando um filhote, uma cria, um filho.
    Ah, entendi.- Minha pintada ia ser mãe! Minha bezerrinha que vi nascer! Que emoção! Não deixei de acompanhá-la de perto, todos os dias ao chegar da escola. eu dava-lhe capim, manga sem caroço, apesar de me dizerem que ela não se engasga, que sabe comê-lo "numa boa". oferecia-lhe cana, umbu na palma da minha mão. punha água num vasilhame que pedi a papai pra comprar, ele disse-se feliz por ver-me assim tão cuidadosa com Pintada.
    Filha,você é uma menina de ouro!
    semanas, meses se passaram. A surpresa veio no dia do meu aniversário, ao levar-lhe a ração própria para seu estado, que o veterinário prescreveu. Vi Pintada com o filhote ao lado e ela lambndo-o todinho! Lindo! Branquinho, branquinho!Sem conter os de alegria, Berrei chamando "mamãe, Mamãe"! que vei com pressa me perguntando:
    -Que foi, manina
    -Mãe, Pintada teve nenêm.
    -ai, filha que bom! só eu sei o quanto estais feliz!
    Ainda tropeçando nas próprias pernas, "Dengoso", dei-lhe o nome naquele instante.
    Ficou aprumado junto a sua mãe, que, o ignorou!!! Surpresa, entendi que Pintada nada queria com ele. Que desamorosa!!!  Como  pode isso acontecer. Uma mãe rejeitar o filho?
    Como no ser  humano eu soube de um caso d'uma mãe que rejeitou o filho, pensei:
    "Eu, hein, que horror!" Não sabia que isso também acontecia no reino animal. Observando, notei quando dengoso botou a boca na teta e Pintada levantou-se com um raio, afastando-se dele.
    Dengoso deitou-se na grama ficando assim, isolado da Pintada. Será que ficará triste, ao  sentir-se  rejeitado por sua mãe?  Triste, deixei-ma cair na grama. Fiquei a pensar o que fazer. E achei. Corri pra casa, contei aos prantos a papai o que observei. Ele disse estar muio, muito orgulhoso de mim! Sem minha observação, não sei o que seria do bezerro. Pois será que os peões notariam esse fato? Nesse instante, mamãe apareceu chamando-nos para o café.
    -Não, querida, disse-lhe papai.
    -Por quê?
    -Pintada teve cria e rejeitou-a.
    -O quê!!!? Isso é terrível, respondeu mamãe!
    Respondeu mamãe.
    E eu aflita perguntei:- o que  faremos?
    -Improvisaremos uma mamadeira para darmos-lhe leite Depois tomaremos os devidos cuidados básicos à sua  sobrevivência.
    Após alimentar Dengoso, papai e eu fomos para a casa degustar nosso desjejum quando, de repente, bateu-me no pensamento que estávamos no inverno. Com Dengoso passaria as noites sem os cuidados da mãe? Parei de comer e falei isso a mamãe.
    -coma filhinha. Depois se pensa nisso. Seu pai vai encarregar o Praxedes a cuidar do Dengoso Ele é um peão responsável, dedicado e carinhoso com os animais. quanto a isso, filhinha, fique despreocupada.
Sim, despreocupei-me sem deixar de ficar assim inconformada com  a rejeição de Pintada à sua cria. Como existe esse tipo de rejeição no reino animal?
Amamentar o filhote é ...naturalmente natural
    Hoje, ele faz seis meses e sua desamorosa mãe,Sequer chega perto do seu Dengoso. Dengoso...é assim que ele está. Crescendo cercado de mimos, de que de outra maneira poderia estar? Azar da Pintada, que não tem pra si as carinhosas lambidas, as cabeçadas afetuosas de Dengoso. É tão gostoso correr com ele no pasto! Já perguntei a mamãe se os carinhos de Pintada não lhe faz falta, porque se ela me rejeitasse, não sei como eu iria sobreviver.
    Minha filha, acho que não, porque a rejeição. porque a  afeição nem teve começo. Se houvesse começo e depois a interrupção e repentina, aí, sim.
    -Ah, bom. Fico aliviada, então
    -Ah, filha sabe? Por meu gosto ficarei a teu lado, até o último minuto da minha vida, viu?
    -Já sei, Você e papai vão envelhecer... Ai então eu vou cuidar de vocês
    -É esse um dos  sentidos naturais  da vida Nunca esqueça.
    De meus avós também tenho que cuidar?
    -Na ausência de filho de seus pai, sim. É mais uma regra natural da vida...
   
   
   




quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Lembrança Dum Sabor Saboroso.

    Hoje lembrei-me de quando lá nos dez anos, minha irmã ciça e eu, íamos pegar coentrinho e cebolinhas na horta de dona Marta escondidas de papai e de titia, para comermos com moqueca de caramuru. Ah! Que delícia, ficava a moqueca, com as aquelas hortaliças fresquinhas. De lá pra cá, nunca mais comi outras hortaliças tão saborosas. O cheiro era Indescritível!As hortaliças de hoje, são sem cheiro e sem sabor.
    Papai comprava as citadas hortaliças na feira. Mas já não tinha o sabor como quando pegávamos na hora, da horta de dona  Marta, porque tinham sidos tiradas há dois,ou três dias.
    Naquela época,não existiam supermercado tudo era em bodega, armazém, venda ou na feira. Papai nos levava para ajudar a trazer toda a compra sem pagar carreto.  Trazíamos peso quase cima de nossas  p condições físicas  Até tropegávamos, com a quantidade  que era para passar a semana toda, pois a feira ficava distante de casa.
    a horta era cercada. Para entrarmos, minha irmã arrancava as estacas com minha ajuda, que apesar de ser medrosa, colaborava com a travessura de mina irmã. Ciça me ensinou a tirar um pé das hortaliças aqui, outro ali para dificultar  a falta. Fazíamos tudo no tato Ainda era escassa a energia, nos bairros. nas casas não tina, que dizer nos quintais?  tinha muito acúmulo de fezes, junto à cerca que dividia o Aeroporto. Na cerca, eu ficava por muito tempo vendo o pouso e o voo do avião da empresa Nacional e  da Cruzeiro.
    Aqula travessura de tirar as hortaliças de dona marta, pra nós era uma grande aventura!  Pois tínhamos que nos certificar de que papai estava ouvindo o Jornal Nacional no sue rádio elétrico portátil, e titia costurando na sua maquina de pedal. as clientes preferiam encomendar os serviços dela porque eram mais rápido.  Ah, como ela era emproada, porque na quela rua, só quem tinha a tal máquina, era ela. as outras   possuíam a de manivela.
    hoje peço perdão a Deus por essa travessura  Mas que sinto saudade daquele sabor ah, sinto, sim. que na minha inocência cometi. Mas quem mais do que Ele sabe disso? quando conto pra as pessoas, essa traquinagem, Faço questão de dizer quanto eram saborosas as hortaliças d dona Marta.
    hoje  compro tais hortaliças, por comprar pois que o sabor sumiu delas  São química e geneticamente modificadas!

                                          No quintal de dona Marta
                                          tem erva doce e alumã.
                                          Na sua horta  farta
                                         Quase nada falta.
                                         Da cebolinha ao hortelã.

                                         Tudo, tudo fresquinho!
                                          De delicioso sabor
                                          Plantados com carinho
                                          Sem parcimônia no labor

                                          Palmas pra dona Marta
                                          Seu quintal não é u'a mata
                                          Mas  o verde da horta predomina.
                                          encheu de cobiça os olhos da travessa menina.
                                       


                                       

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O Mergulho de Lineu -Esta é uma criação do meu filho Valdir.- In Memória.

    Lineu foi pescar com seus amigos adolescentes como ele. Ao chegar na beira do rio, ele sentiu vontade de dar um mergulho Tirou a calça.Estava com um short, tirou a camisa. Já estava descalço. Espreguiçou-se bem longamente o quanto pode, e...  tim-bum! Lá embaixo, nadou, nadou... Resolveu subir. ao chegar à tona, olhou pros lados, pra trás,não viu os amigos.Pensou: tô perdido!Mergulhou novamente, nadou de volta de onde tinha dado o primeiro mergulho Enquanto nadava ,pensou como estariam os amigos com sua demora de retornar.
    Ah, já sei o que fazer para eles me encontrarem, pois não sei onde estou.Tirou do bolso  a carteira de cigarros, a caixa de fósforos e acendeu o cigarro. Assim, quando virem a fumaça virão pra cá, me chamarão então, eu subo . Foi a terminar esse pensamento que bateu-lhe na cuca uma tristeza sem tamanho; minha santa mãe! tanto me aconselha, reclama para que eu deixe de fumar! Se eu morrer agora levo o remorso de não atendê-la. Ai, meu Deus e Senhor. Tenha piedade de mim.
   Sentiu palmadas leves no bumbum Abriu  os olhos. Viu e ouviu sua mãe lhe perguntando : que sono agitado. Tava com pesadelo?


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Véspera de Natal.

    O dia está lindo! O sol reinando pleno. no povoado está um vai-e vem,um sobe e desce grande  de pessoas. Um entra se sai na Igreja, que chega a ser surpreendente! Certamente agilizando os últimos retoques  para o Natal.  O Largo ficou adequadamente enfeitado. para a missa campal. virá outro padre, pois o da paróquia, está doente.
    Denilsinho trouxe um primo do lado paterno que mostra -se atencioso e educado. Pedrinho chega hoje com aqueles amigos.Não será necessário mandar pegá-los no, pois estão vindo de ônibus, para conhecer os locais por onde passarem. é. são jovens, cheios de saúde e entusiasmo, e condições físicas e mentais, pra viajar por longas longa horas por terra. Na rodoviária encontrarão marinete. É assim que por aqui ainda chamam o ônibus do transporte coletivo.  podem tomar um táxi, também.
    Aqui em casa, tudo pronto.Até as roupas que usaremos para assistir a missa.  A de  Denilsinho, de Nelson e minhas estão passadinhas nos devidos lugares.
    este ano a Igreja vai ficar lotadíssima, porque o povoado cresceu bastante com loteamento popular que a prefeitura  construiu para a população carente, esta população vai trazer os amigos, os parentes para cá,  Assim, com certeza a igreja ficara LOTADINHA nas celebrações que serão  realizadas lá dentro. Mesmo bem ampliada como ficou após a reforma. Reforma, não. construção porque a derrubamos e agora é outra. Para realizarmos tão ansiado intento, pedimos doações aos comerciantes. políticos, fizemos quermesses e mais quermesses sorteios, rifas...  em dois anos entregamos-a prontinha, à população do povoado. aos visitantes também.  Trocamos os bancos  Estes são de madeira JACARANDÁ! Bem envernizados.  Imaginem que até os homens entraram nessa luta Foi sim, senhor! Eles não mediram esforços. Está digna de Deus,

                                          Que é cheio de amor.
                                           Então, vamos versejar compor,
                                           em todas as partituras
                                           O SENHOR das criatura.
 
    No meio da semana, encontrei vi Nelson cochichando com o capataz me surpreendi, porque não é do feitio dele,cochichar com os trabalhadores. Como vi Denilsinho,  junto aos dois, chamei-o, e, naturalmente perguntei:
   - O que seu Avô está falando com o capataz?
  -Tá mandando alugar um carro para buscar três parentes  na rodoviária, que estão vindo de S. Paulo.
   Também naturalmente pedi que não disse ao avô, que tinha me falado isso.
   -Vou mentir?
   -Não meu netinho. Você só não vai dizer que me contou. Vai omitir. Não mentir.
   -Que alívio!Não gosto de mentir.
   Certo, vó.

                                      No caráter quero ser prodígio
                                      É pecado mentir Temos que discernir
                                      Que é mentir
                                      O que é omitir.

    Ah, entendi, vó.mentir, nunca. Omitir...vou descobrindo de a cordo a situação dum momento ao longo da vida.