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Família. Estes são alguns de meus netos.

Gabinete Português de Leitura

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Meu Rolé.


    Neste domingo fui dar meu rolé, com de costume. Caminhei, caminhei... o cansaço bateu! Parei bizoiando para os quatro cantos. Vi uma mutreta à poucos passos do outro lado da rua. Fui. Sentei-me. novamente bizoiei ao redor para me situar, qual não foi minha surpresa! Eu estava no fim de linha do bairro xxxxxxxx. Nossa! Pensei atolemada. Jamais imaginei ter essa parte do bairro. Só passando de buzu lá por cima...
    Respirei fundo para enebriar-me da brisa fresca em lufadas que o vento soprava em mim toda, certamente por ignorar o trabalho, a despesa que me dá mante  meus "arames" arrumados, Por força da chapinha, ele  eriçou-os , sem cerimônia!
    De repente, vi um rapaz alto, muito magro. Posso dizer... Tísico! Logo, lobo. vieram-me lágrimas aos olhos. Ele veio em direção de onde eu estava sentada. Arriou os apetrechos que trouxe no chão,
    -Bom dia dona
    -Bom dia, moço.
    foi nesse exato momento em que respondi meu bom dia, que ouvi a voz dum garoto
    -Pai, não é bom trazer aquela cadeira pra ele se sentar?
    -Craro, fio,craro
    -Vou buscar
    E lá se foi para o outro lado da rua. Parou em frente a uma casa em ruínas bem avançadas. constatei naquele momento o quanto o tempo é impiedoso! Aquela ruína mostra que foi linda, imponente... como não sei bulufas de arquitetura, não me arrisco em dizer o estilo Só afirmo que colonial, não era.Se era Vitoriano... sei não, sei não.
    fiquei a pensar  porque no século 21 ainda existe pessoas analfabeta ou semi analfabeta, e me qual dos 2  entra o rapaz.  Enquanto eu divagava a pensar na situação dele , ele já tinha pegado uma armação de metal bastante oxidada que estava apoiada na árvore junto da mureta onde eu estava sentada, abriu-a na calçada, pegou 1 porta de madeirite também  Muito estragada, pôs-a em cima da amação, estendeu 1 toalha outrora boa e bonita, pois que agora, ela está em farrapo!  Começou a botar  coisas naquela mesa improvisada, 2 bonecas Barbie, 1 caixa de margarina xxxxx cheia de bolas de gude, 1 ioiô, 4 piões, Não contei, mas eram uns  de vários pares de  sandálias infantis,  alguns pares de meias também infantis,  1 boneco bem estragado, (ainda da Estrela)  Fiquei estarrecida, me perguntando se alguém compraria tais coisas naquele estado de conservação.
    Lá vem o garoto com a cadeira. O pobrezinho mal conseguia segurá-la Era pesada para o porte físico dele! Novamente viam lágrimas aos meus olhos.  Ai, ai. ai. hoje estou muito emotiva!!! colocado a cadeira junto a mim,
    -Senta qui, vó.
    -Obrigada. você é muito gentil.
    -Mamãe antes de morrer, me ensinava a ser educado. Dizia que temos de dar passagem e cadeira para os mais velhos, Ajudar a atravessar a rua, se visse um idoso com peso, ajudasse a carregá-lo... não  me recusasse a ajudá-lo, de maneira alguma, por que "você tem pai, tem mãe e vai ficar velho".Ela morreu, mas continuo fazendo tudo que ela me ensinou.
     -Muito bem! Praticando o que sua mãe lhe ensinou você vai se dar bem na vida.
   _ menino se despediu de mim e do pai, e fiquei sem ter com quem conversar, pois naquele momento o rapaz  estava dispondo  uns apetrechos  que servem para lavar carro. Um balde com capacidade para mais ou meno quinze litros, um aspirador, pedaços de espuma de três tamanhos,Garrafas pet,com detergente quer dizer, acho que era detergente ,pois os líquidos borbulhavam quando ele agitou um pouco uma das garrafas, um liquido era azul,um verde o último era incolor. duas escovas plástica, uma escova dental branca, uma mangueira. Latas de cera. ele ia desenrolando a mangueira, quando parou um carro e o motorista desceu perguntando :
    -Pode ser agora?
    -É pra já.
    naquele momento ouvi um ei do ouro lado da rua. Olhei na direção de onde veio o grito .Um rapaz sem camisa com uma bermuda de marca, no entanto muio estragada de sandália de dedo desgastadadas  sentado num banco bem velho mas ainda mostrando que já foi branco. Ao gritarei, já foi dizendo no mesmo fôlego:
    -você tá tomando cliente dos outros?
    -O que, rapaz? qui conversa é essa? Eu tô aqui  pra trabaiá. num saí atrais de ninguém, não. ele qui veio. tenho arguma curpa? Mi dêxe,tá?
   -Você é sonso, cara! lhe conheço não é de agora,não.
    um outro que estava ao lado falou algo que não deu para eu ouvi. Mas o primeiro  estava exaltado, falou mais alto ainda. que nada! Ele é sonso mesmo. Tomou o cliente do cara lá de baixo, agora esse lavava com aquele lá em frente da xxx, e você Vem defender dizendo que é porque ele trablha bem e rápido?
   -O rapaz levantou as mãos disse algo que pelo movimento dos lábios, imaginei ser: tá bom, tá bom.
    Fiquei  surpresa com o que acabava de assistir Nunca passou pela minha cabeça que lavar carro também tem concorrência! E acirrada!!! Levantei-me agradeci  a cadera, deixei um abraço para o garoto e Fui!
   



quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A Perseverança de Seu Dinaldo.

        Seu Dinaldo era pintor. Tinha quarenta anos, casado, um filho de nove anos de idade, muito esperto. Mas seu Dinaldo não estava mais contente com sua profissão! Subindo e descendo em andaimes, pintado paredes de prédios, lhe deixava pra lá de chateado! Não, não podia continuar assim. a labuta era pesada, pouco remunerada...sua inconformação era tanta, que o levou a ter uma ideia não digna. Mas...
    Seu dinaldo pensou, pensou, um dia, resolveu por em prática.
    No dia em que decidiu por seu plano em ação, chegou capengando da perna direita, na empresa onde trabalhava. O chefe imediato perguntou-lhe:
    -O que aconteceu co sua perna?
   -Sei não.  Na semana passada, senti u'a dorzinha nessa perna, logo que me levantei.  Só que nem senti quando passou, que nem lembre dela. hoje, tô assim.
     -Vá ao médico, no térreo, sala três.
   -Sim senhor.
    O médico pegou a perna, levou pra lá , trouxe, subiu, desceu, a cada movimento, seu Dinaldo contorcia se um pouco, menos, mais, fingia que ia gritar. O médico prescreveu  Remédio e disse-lhe pra ficar em casa por cinco dias.
    ao término do prazo, seu Dinaldo retornou ao trabalho, mancando e leve, mostrando sinal de melhora. Seu chefe deu-lhe tarefas que não era preciso subir em andaimes. Ele ficou contente!
     no dia seguinte, ele com sonsidade disse ao chefe :
    -acho que dá pra subir no andaime, não?
    -Não, não Espera mais uns dois dias, rapaz! pra que pressa?
    E assim  seu Dinaldo fiou os dois dias. pintando peças, pra na~subir em andaimes. Esses dois dias terminaram na sexta-feira. No sábado, o chefe deu -lhe ordem para subir no andaime e pintar a fachada do edifício. Ele foi. Trabalhou bem. Ao fim do serviço, foi pra casa sem mancar.
    Na segunda-feira, lá pelas onze horas ele começou a mancar bem pouquinho. Seu chefe percebeu.
    -Voltando a mancar. Vá novamente ao doutor.
    fingindo-e-se em dúvida, ele perguntou
    -será preciso mesmo, chefe?
    -Vá. é uma ordem. não quero problema no futuro para a empresa, senão perco meu emprego, rapaz.
     Lá se foi ele vestido de sonsidade,
    -Doutor, acho que o chefe tá exagerando!
    Não está não não.
    nova receita, mais, dez dias em casa..
    Oba! Dez dias recebendo sem trabalhar, é bom! Muito bom!
    Voltando ao trabalho após os dez dias, ele chegou sem capengar. o chefe  deu-lhe uma palmada no ombro, desejou lhe feliz retorno. Novamente o chefe não lhe permitiu subir em andaimes, por toa a semana.
    Retornando na segunda-feira, Seu Dinaldo Chegou à empresa capengando bastante. O chefe apresou-se em mandá-lo ao médico. Este por sua vez, preencheu umas requisições, ao entregá-lhe, ensinou onde levar, deu logo o endereço.  quando mostrou ao chefe, este disse;
    -Vou mandar lhe levar no carro da empresa.
    -Eta coisa boa! Melhor que isso, só outro disso.
    Seu Dinaldo saiu do I.N. S.S. , direto pra casa, aguardar a aposentadoria. Um, dois. três, no quatro mês, chegou aviso do benefício no banco xxxxxxx. agência xxxx-xx. rua xxxxxx xxxx, número xxx Como ele morava na beirada, do Município, teve que aguardar por dois dias quando sairia a lancha para a cidade.
    Foi com muita ansiedade que ele foi dormir na véspera da ida ao banco.  Até sonhou que estava pescando, e ao acabar a pescaria foi andar não conseguia. Acordou às quatro horas porque a lancha saia às cinco. Pôs os pés no chão, tentou sair do quarto. que tá acontecendo comigo!!!? Não posso andar!!! Tentou, tentou. Nada. Em pânico, chamou a esposa  que, atendeu imediatamente ele lhe disse a situação. Ela tentou ajudá-lo a sair do quarto e não conseguiu! Correu desesperada á porta, pedindo por socorro. A vizinhança acorreu pra socorrer. ao darem-se conta de que ele realmente não andaria, levaram para o banheiro e arrumaram-o, levaram ao porto, embarcaram-no na lancha.
    No banco foi com a ajuda dos amigos que resolveu tudo. enfim, recebeu seu benefício referente á sua aposentadoria!
    Já em casa , quando os vizinhos o deixaram devidamente acomodado numa cadeira da sala, que se despediram e se foram, prometendo ajuda sempre que fosse preciso, ele agradeceu dizendo que jamais esqueceria a ajuda deles.  chamou a esposa, deu-lhe o dinheiro para guardar. na saída dela, o filho  Disse-lhe: parabéns, papai! O senhor é muito perseverante! Perseverou, perseverou e venceu! Conseguiu realmente ficar inválido.


   

   

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Diário da Semana do Natal.

    Vinte de dezembro. Foi o dia em que Pedrinho chegou para passar o Natal conosco. Saltou do carro todo alegre e sorridente. Como já é de costume, o casal de amigos, veio.
    Minha felicidade é enorme! Nelson estava sentado no banco tosco da varanda, levantou-se num salto. e fiquei surpresa, pois que ele só vive queixando-se das pernas! Mas... chegada de neto, o que não faz? Com eu dizia,Nelson levantou-se num salto e eufórico, eufórico, sim! abraçou o neto, soltou uma risada, risada, não. Gargalhada! Pela expressão no rosto de Pedrinho, ele apertou-o de mais! Cumprimentou os amigos do neto mostrando alegria.
    convidei-os, para dentro de casa, mostrei-lhes onde colocar  as mochilas.
    -Venham comigo. Vou mostrar-lhes o quarto de vocês, porque vai ser um mair do que o do ano passado. amplo, bem arejado.
    -Vão tomar banho, enquanto boto um lanche na mesa da varanda, pra nós.
    -Qual, banho de chuveiro, qual nada, vó! Vamos é prà lagoa.
    -Então, bom banho.
    Trocaram as roupas por sungas e se mandaram na maior algazarra. Nelson e eu ficamos acompanhado com o olhar. até quando se mergulharam na lagoa. Mesmo com a distancia, dá pra companhar o que fazem dentro da lagoa.
    Hoje, vinte e um, são sete horas, eles já estão de saída.
    Aonde vão? Vamos dar um rolé, vó.  Estamos indo preparado para um mergulho e cambalhotas na lagoa. Chegaremos sem atraso na hora do rango. Saíram sob sob as bênçãos de Nelson e minhas, com pedidos a Deus que  acompanhasse e trouxesse-os  sem acidente ou incidente.
Ao ouvir a palavra rango, lembrei-me que ainda não tinha pensado o que fazer para o almoço!!!
    Fui à dispensa, lá fiquei me perguntando o que fazer. Aós decidir, peguei farinha e batata do reino. queijo parmesão,fermento e fermento. às pressa fui à geladeira, peguei ovos, para um saboroso inhoc. Xiiii! Bateu um "branco"! Inhoc ou nhoc? Xa pra lá. IIIIIIIIII ! Com a presença dos meninos, já estou falando gíria!!! Depois consulto o "pai " dos burros. Pra isso tenho o  GLOBO bem antigo, com  cinco idiomas, e o HOUAISS atualizado. Impresso na França.Morar na roça, não quer dizer que estou desantenada,não.
    Para acompanhar o inhoc ou nhoc, nada melhor que carne moída com ervilha milho e azeitona. Bem  , também devo preparar bife pra o caso de alguém não gostar de carne moída.
    Ouvi palmas vindo vindo do quintal. dirigi-me para abrir a porta. Graças a Deus, era a menina que me ajuda nos afazeres doméstico.
    -Entre, entre. Estou atrasada para fazer o almoço.
Pegue o tome esta bandeja, leve à cozinha. Leve as batatas do reino para a pia. Antes, vá botar a farinha do reino e as outras coisas na mesa do quintal, que vou fazer algumas coisas lá, pois o calor  tá muito.
    -A sinhora sabe dizê pur quê se chama farinha  e batata do reino? Sempre quis preguntar, mai a vergonha num dexava. Agora tomei corage.
    -Porquê quando o Brasil era colonia de Portugal esta farinha e a batatinha e tudo mais que aqui não tinha, chamavam assim.
   -Ah, muito obrigado.
   -Mulher não diz obrigado. Diz obrigada.
Intão, obrigada pela aula.
    -De nada. Se você quiser, venha toda as noites que lhe ensino a ler. e a falar.
    -Pode apostar que venho. Mai é mai mió  dexar passar as festa, num é?
    -Claro. Agora não temos tempo.
   - Chamaram no portão da frente de casa, Achei uma voz conhecida, mas sem me lembrar de quem era. ao abri a porta. Ah!!!Felicidade! Denilsinho e outro garoto mais ou menos da mesma idade dele. Que cabeça esquecida, esta minha! eu sabia que viriam. só como estou cheia  de providências para os festejos natalinos, a Chegada de pedrinho e seus amigos... Ai, ai, que esquecimento inconveniente!!!  Tão logo passadas a efusão, Denilsinho me apresentou o amigo.Dário.
    -Bem -vindo, Dário. A partir de agora serei sua avó, também.
    -Obrigado, vó.
 Caímos na gargalhada, ao mesmo tempo.
    Moreno escuro, cabelo bem preto brilhante e sedoso,[cabo-verde] só não sei porque são chamadas assim as pessoas dessa qualidade. Será que são os nascidos em Cabo Verde e os descendentes?   Olhos negros, grandes,   e mostrando-se um garoto educado. Muito, muito cativante.
    -peguem suas coisas, entrem. Vou mostrar o quarto onde vocês vão ficar. No mesmo que Pedrinho e seu amigo.
   -amiga dele não veio?
   -Veio. É mocinha. Vai ficar em outro quarto.
   -Cadê vô?
    -Tá lá pros matos orientando os trabalhadores, no corte da madeira.
    -Madeira pra quê, vó?
   -Pra  improvisar uma Capela pra a missa  que seu avô vai mandar rezar aqui. Tudo mais, já foi providenciado.  Os ornamentos  são lindos! Vai ficar uma "Capela" digna do Senhor.
    -Vó, vai dar tempo erguer uma Capela?
    -A "Capela, vó, é ano sentido figurado, que falei. Vamos fazer uma cabana de palha.
    -Ah,vó! Agora "viajei"!
    -Caímos os três numa gargalhada gostosa!
    -E por quê a missa não vai ser na Igreja?
    -Vai ser lá, sim. Seu avô é que vai mandar celebrar outra qui. é bom, você não acha?
   -Muito bom, vó.
    Quando Pedrinho chegou com os amigos perguntou  se Denilsinho tinha chegado.
    Chegou, sim. tá lá fora olhando as iguanas. eles estão em maior quantidade que em junho.
    -Vó, apareceu uma mocinha me procurando?
    -Não
    -Hum... então, talvez a partir de amanhã, apareça.
    -Quem é, de que se trata?
    -Ah, vó xa pra lá.Se aparecer, me avisa, tá?
    -Ah, seu moço. não estou gostando disso, nada. Ai, ai, ai!
    Mal acabei de falar, apontou   sob a mangueira um rapaz com os passos acelerados, de uma pessoa que sabe o que quer, o que vai fazer. à medida em que se aproximava, Vi que ele olhava direcionado para Pedrinho e o amigo. De imediato, reconheci-o.  Como havia percebido o jeito,do visitante, senti que algo ruim iria acontecer. Corri para o portão.
    -Bom dia,

                  O que lhe  foi , Braz?
                   Há um tempão não lhe vejo, aqui!
                   Mas lhe reconheci!
                   O que lhe traz?

                  -Bom dia. Tô procurano Pedrinho..
                  -Sou eu.
                 - Ah, intão é cum vosmicê mermo, qui gosta das namorada das zoutro, qui quero cunvelsá.
                -Eu!!!?  quem lhe disse isso?
                - No ano passado, fais um  ano amenhã vinte e doi de dezembro, vosmicê   tava sortano cunvelsa fiada, nos zuvido da minha namorada. Num diga qui não.  tenho tistinhna.
             - não sabia que ela é sua namorada. Não conheço ninguém além de meus avós, aqui. Vi aquela moça linda daquele jeito, não resisti realmente paquerei-a, sim, não sou adivinho pra saber que ela tem namorado. Vá me desculpando. não paquero mais sua namorada.
   Ela tinha namorado. Pur sua curpa, telminamo naquele dia mermo E hoje, o SINHÔ buliu cum ela.  Intão, vim le dizer qui ela bote namorar, noivá, inté casá cum otro cum vosmicê, não. Se não gostou venha cá, qui vou mostrá cuma se toma as namorada do zôtro
    Pedrinho levantou um pé para ir, então eu resolvi interometer-me.
    -Braz, ouvi tudo direitinho. como meu neto disse, ele aqui não conhece ninguém, então como saber se ela tinha namorado? Ela deveria ter dito a ele.
    -Ele num dava tempo a ela falar, só jogando cunvelsa fiada no zuvido dela. Quem viu me contou tudo.
    Mas vocês se entendam sem precisar irem às via de fato. Cuidado com as consequências.
    -vias de quê?
    -  às vias de fato quer dizer, sem precisar brigar sem violência.
    -A sinhora tem razão. Me Adiscurpa, tá?
    -Tá desculpado. Agora vá pra casa se acalmar. Vou conversar com ele.
   -Tá bem Qui ele nunca mai chegue preto dela.
    Saiu com os passo quase fazendo buraco no chão! Ufa! com o coração ainda acelerado, perguntei a Pedrinho se era verdade.
    -Verdade, vó. Também,  quem tem culpa dela ser tão... linda, meiga...! Além do mais, eu não sabia que ela tinha namorado. Agora que não tem mais...  é o caso de eu voltar a falar com ela. Agora entendo porque ela se manteve calada o tempo todo! é que quem estava junto a nós, viu e ouviu. ela deve ser tímida, porquê permaneceu o tempo todo de cabeça baixa. e eu só xavecando, xavecando...  Bem que notei a cara enfarruscada e o olhar dum cara, e cochichar com o outro que estava junto dele. Deduzi que deveria parar por ali e parei. Coitada! Devo-lhe um pedido de desculpas e reforçar minha paquera. Oba! Tô indo à luta, vó.
    -Não senhor. esqueceu o que Braz disse?
    -Vó, eu vou dar planteia pra dor de cotovelo?  O importante e´ela querer. O resto se resolve depois.
   E  deu um passo em direção à porta, me deixando com a cabeça ardendo de preocupação.
    -Por aqui é assim. Mexeu com namorada, noiva, ou esposa de outro e vice versa, paga caro! Caro,não. Paga com a vida. E não é raro! quando você gostar de uma moça, procure saber se é desimpedida, antes de xavecar no ouvido dela. evite confusão. Essa de hoje...
  ah, vó. é a primeira moça por quem me interessei. Passei o ano todo pensando nela, por que em s. joão, não a vi... Agora tá explicado. Pra evitar  confusão, ela não saiu enquanto eu estava aqui. Tchau,vó.
    -Menino, menino. Juízo é bom e não faz mal a ninguém.
    -Sei, vó.  Vou agora pedi-la em namoro. Se ela quiser, chamo Braz pra uma conversa franca, ele vai entender, vó.
    -não é tão simples, assim, não Na cidade grande, é mais aceita essa situação aqui, a coisa, pega e pega feio, num caso desse.são  Raríssimos, os excessos em que não ocorre tragédia! Vá com diplomacia... todos os cuidados, pelo amor de Deus. Nos noticiários se ouve e vê. Evite um arerê
   -Tá, tá. Vou resolver isso, numa boa.
   Falou um tanto irritado. Com certeza por minha intromissão. Mas Os pais não estão aqui...  Me toquei neste exato momento. que meu neto não é mais um menino! É um rapaz. Com certeza, vai deixar Lurdinha e a amiga se descabelando. Ai, ai, ai! Meu netinho! um dia desses, um menino,agora um rapagão querendo enfrentar outro, pelo amor da sua eleita! O ruim disso, é que Nelson é amigo do pai de Braz, de quase todos, aqui. Melhor é rezar para que tudo termine bem. quando ele chegar, vou passá-lhe o ocorrido,. Quem sabe ele tem como apaziguar a situação? Depois dessa, como vou ficar ao ver Pedrinho saindo para um Rolé por aí?
    Amanhã é vinte três, vou à cidade aviar o que já está alistado. ai, é muita coisa para providenciar antes da noite de vinte e quatro para vinte e cinco! Se no ano passado, o Arraial recebeu muita gente, este ano, vai receber mais, porque população pressionou o vereador e este, o prefeito , que, sem saída, investiu muito, nos festejos natalinos. com a injeção financeira que o prefeito doou à Igreja, as quermesses, rifas, sorteios... Compramos mais bancos, cadeiras, aumentamos o Presépio. nele grama sintética,  Ovelhas e tudo mais, de louça.  Os comerciantes doaram em massa! Deus é bom!





       
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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Vovó Gatinha Fazendo COOPER.


    Dona Andreza, sei ser esse seu nome, poque ouvi alguém chamando  uma senhora, que,  sob sol ou não, corre na rua principal no bairro de xxxxx. Um conjunto próprio . a cada dia, exibe um. só o tênis, é o mesmo. E preto. As meias, ela também varia. Certamente é vaidosa. E lá vai ela passando neste exato momento. Queixo pra cima. bumbum empinado, toalhinha numa mão,garrafa d'água, na outra mão, nada.
    Maquiada. Mas... me parece que a maquiagem não combina com a idade, a tez... Sei não... Porque acho? o cabelo pintado, mostrando que à um bom tempo está sem pintar, pois apresenta -se branco da raiz até certo ponto, marrom e e um preto já claro pra as pontas. As sobrancelhas pretíssimas!  Nada a ver mas, bem delineada. Como não entendo bulufas de nada de  maquiagem, melhor deixar pra lá.O que não combina com ela, é que a camiseta do conjunto é quase transparente, mostrando a ausência do sutian pra sustentar os montes arredondados de outrora. Será que ela não se dá conta do processo de murchação, o efeito da gravidade a que a natureza lhe submete, ou simplesmente bem consciente tá nem ai?
    Se bem que vejo uns quadris largos,   embora os joelhos e batatas das pernas mostrem  como estão franzidos, evidenciam um corpo outrora, monumental!
    Sorridente, parou na barraca de seu xxxxx, pediu um cigarro. digo, porque de cá, dá pra ver tudo   que se passa lá. E é assim todas as manhãs. Numa  dessas manhãs, em que ela baforava seu cigarro, admirando os jovens transeuntes, de cá da janela, vi que ficou toda eufórica quando  Parou um rapaz tipo atlético, bem vestido, calçado, também. Vi dona Andreza estirar o braço,  abrir a mão e levá-la ao rosto do rapaz e acariciá-lo , lentamente. Soltei uma risada gostosa com o susto que ele tomou, falou algo e com a cara feia, se mandou.
    Ouvi a voz do meu neto atrás de mim, perguntando?
    -Vó, espero que a senhora quando ficar mais velha, não seja assim. Aloprada, Aquela ali, é uma viaje. Por favor, não vá me envergonhar.