Num dia em que Diná estava brincando sob o coqueiro do seu quintal,ouviu a vizinha mandando a filha enxotar a galinha da cozinha,
Antes que ela
suba da tarimba
derrube a gamela
feita por seu Gimba,
e quebre os pratos, as xícaras, os pires , os copos e talheres. Diná ouviu essa ordem dada aos berros!!! Então, a curiosidade de Diná, aguçou-se! Ela procurou aqui, ali,
Tanto procurou,
Encontrou.
Por onde espiar.
Visualizou.
Mumificada ficou
sem poder dali se afastar!
Por que os tais pratos, pires eram [latas de de doce de goiaba] xícaras, copos, [latas de leite condensado]
Os talheres
em vários tanhos, eram colheres
feitas com madeira
da frondosa gameleira.
Ah! Logo vi. ela é viúva, costureira, três filhos pra sustentar, como podia possuir peças de louça para refeição? Se na vizinhança incluindo na minha casa, usamos aqueles mesmos utensílios ? Pensou Diná.
As senhoras, aos sábados, levam à fonte, numa bacia na cabeça, essa "louça," areia-as com um pedaço de pano velho, areia bem fininha e sabão pintado, em pedra, expõem-nas ao sol para evitar que enferrujem.
Cada uma debicando com trejeito de boca,
do brilho que a outra
Perdendo força,
Conseguiu dar à sua louça!
Pois era assim mesmo! Uma achava que deu um brilho melhor, e às vezes discutiam, ficando inimigas, até!
feita feita por seu Gimba