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Família. Estes são alguns de meus netos.

Gabinete Português de Leitura

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Ser Avó.

      Nelson chegou da cidade. Após guardarmos, organizadamente  tudo, ele mostrou-me a carta de nossa filha Délia. Com ansiedade quase incontida, peguei-a, abri e li. eis o que nos dizia nossa filha, através da carta:
      -Mãe, pode vir buscar Denilsinho. Não podemos levá-lo, porque vamos aproveitar a ida dele prài, e faremos uma visita aos pais de dele, em Blumenau. Sabemos que em melhores mãos nosso amado filho, não poderia estar. Mãe, só que ele está muito teimoso, peralta, e...voluntarioso!!!É necessário que a senhora e pai, façam-se enérgicos como foram comigo,
           Ou então,
           ele apronta
           além da conta,
           toma as rédeas da situação!

      Lembrem-se: vocês são pais duas vezes. Não têm só deveres. Têm direitos, também. estamos ciente disso,amados pais.
      Fiquei contente e preocupada ao mesmo tempo. Tantos anos sem ir à Niterói! Lá, deve estar tudo mudado, maior... falei desa preocupação minha para meu marido, e ele gargalhou, gargalhou.
      Nega, que bobagem! Se Délia não for buscá-la no aeroporto, você pega um táxi, dá o endereço, o taxista lhe bota na torta.
      Alívio! Nossa! tenho que ir à cidade fazer compras para a viajem.
      -Nego, tenho que fazer compras.
      -quando quiser, nega. vou lhe levar com muito gosto.
      - Obrigada, marido. Sei disso. Pode ser amanhã.
     - Amanhã!!!? Pois se cheguei agorinha, mesmo!!!
      - Depois de amanhã?
      -Melhorou! Depois de amanhã, então, nega.
      Botei-me a pensar na arrumação do quarto , no que ele gosta... vou arrumar o último quarto. Ou o do meio?  será que ele é  medroso?

          Se medroso for,
          melhor o quarto do meio.
          Se "diz à que veio."
          vai ficar em qualquer um, sem pavor.


      Na dúvida, resolvi pelo quarto do meio, porque se  medroso for, vai se sentir protegido... agora pensarei no que comprar para a alimentação. Melhor esperar a chegada dele. quando sairmos do aeroporto, levá-lo hemos  ao supermercado, e ele diz o que quer, pois não devemos comprar coisas desnecessárias  devemos mostrar-lhe  que é certo  economizar. Agora, tenho que pensar quem vai fazer companhia e ele, além de Israel? o coitadinho já vai ficar sem o computador, tablet, o celular , nem sempre tem rede. Precisa de amigos para brincar. só nosso carinho, dedicação, não serão bastante para entretê-lo. O neto de  d. Zuca, já é grande para brincar com ele. Sei que de maneira alguma quero ver meu neto chateado. Já está longe dos pais, não é justo sentir-se triste. Tnho que achar quem o acompanhe nas suas traquinansas, e ensine-lhe outras. Ah, os filhos de adenor e de Marta,têm idade  igual à dele.
      Nego, será que Adenor e Marta deixariam os filhos virem brincar com Denilsinho?



     

Israel.

      Nelson foi à cidade. Estou esperançosa  que ele traga carta de nossa filha Délia, dizendo que  Denilsinho virá passar os festejos juninos, conosco.
      Enquanto aguardo, papeio com Israel, o filho da moça que me ajuda nos afazeres de casa, do quintal, na colheita das frutas, na confecção de doces, das polpas... ela é" pau pra  pra toda obra", como diz o ditado popular.
      Estamos sentados num dos dois bancos tosco que tenho na varanda. Somente ele fala!!! De repente lembrei-me que precisava falar com a outra vizinha, d. Zuca.
      -Israel,por favor, cale um pouquinho eme escute.
      -O qui a sinhora qué?
      -Ó, por favor, vá à casa de d. Zuca, diga que preciso falar com ela.
      -Tá. Vou in casa carçá os pé., dispois vou chama -ela.
      - Israel, você se incomoda se eu lhe ensinar uma coisa?
      - Não. Pru quê?
       -  Não se diz chama ela. Se diz, Vou chamá-la.
      Ah, intão, vou  chamá-la. Vorto já. Qua é mermo o recado?
      - Você só vai dizer que eu preciso falar com ela.
      Coincidemente, assim que ele saiu, d. Zuca chegou. abri-lhe a porteira, nos abraçamos,  afetuoasamente,e convidei-a à sentar no banco. Nisso, Israel ia passando no caminho, mas não viu d, Zuca, pois falou em um tom que desse para eu ouvi-lo:
      -Tô ino chamá d. Zuca.
      - Não precisa mais, Israel.
      Pru quê ? A sinhora já chamá-la?

domingo, 12 de abril de 2015

Pedrinho Desinteressado da Roça.

      Meu neto Pedrinho não se interessa mais pelos pardais, borboletas, aventurar-se pela área da nossa propriedade. Nada aqui na roça lhe atrai Nem mesmo Ritinha!!! a mocinha até já se tocou!
Deixou de vir aqui quase que de hora, em hora, fazer visita, tentar prosar com ele. Só vem quando tem real necessidade. Ela perdeu pro tablet!!! É. Fazer o quê?
      Tempo moderno, é assim:os jovens trocam os hábitos,  namoram pelo telefone ou via internet. Pra eles vale a tecnologia de ponta.
      eu percebi que Pedrinho vem pra cá, por que somos seus avós. Não se atrai mais nada, aqui. Então quando Denilson meu genro e Délia minha filha,  vierem nos visitar,trazendo Denilsinho, eu percebi o gosto dele por tudo aqui. Tive então, uma ideia:  tê-lo aqui nas festas juninas e natalinas Será que pais e filho Gostariam? Falei desa ideia com Nelson meu marido, e ele aprovou a ideia.
      -Nega, vamos falar com Denilson e nossa filha,pra vermos se eles aceitam nosso pedido, ou não. fico preocupado ,por que eles não têm outro filho...vão querer ficar sem o filho tão amado nessas ocasiões?
      Nego, eles se vão depois de amanhã!
      quem fala, você ou eu?
      Xii! Nego, e agora?
      Deixemos isso pra depois do almoço, quando estivermos sentados nos bancos toscos da varanda, papeando.
      - Nego os bancos são toscos, mas são de jacarandá, esqueceu?
       -Tem razão.  quanto a ideia, do pedido, quem tiver coragem, fala, e a outra dá apoio, cero?
      -Certo.
     Fiquei entre preocupada e feliz diante da possibilidade de termos nosso neto conosco nas ocasiões acima faladas, enquanto acompanhava com o olhar, denilsinhoa prendendo subir nos pés frutas, observando se os nicos já vinha comer as bananas, que ele já tinha botado na vasilha, vendo os pardais no arame da cerca , a cada instante voando pra o chão, a catar insetos. quaisquer coisa que lhes serve de alimentação. De repente, assustou-se comum gavião em voo rasante, pegando com as garras  uma cobra quase peto de onde ele estava. Ainda assustado chamou o avô, que, rapidinho respondeu  perguntando o que ele queria.
      -Vô, por que a quela passarinho pegou a cobra?
      Aquele passarinho é um gavião. ele se alimenta de cobra principalmente cobra-de -duas cabeças, e até galinha. Pega vivos mortos. e, quando ele desce no seu voo rasante, não perde o voo, não! é  u   voo certeiro!
      bem depois do almoço com ambrosia, que tava uma delícia, fomos para a varanda sentar nos bancos toscos . E, antes que alguém comentasse qualquer assunto, me ouvi dizendo;
     -Denilson meu genro querido e minha filha do coração, querem ouvir com carinho um pedido  nosso? Mas... é assim: sim, sim, não, não. Fiquem à vontade para decidirem Não nos chatearemos se a resposta for um não.
      -Pergunte sogra querida estamos ouvindo.
      -Respirei longamente e disse: é que estamos observando Denilsinho, vimos que ele gosta muito de tudo daqui, e resolvemos pedir a vocês que deixem ele , se vocês quiserem, claro, passar as festas juninas e natalinas, conosco. Se ele também quiser.  O que acham?
Nelson me olhou com ar de surpresa. Acho que ele não esperava que eu tivesse coragem pra fazer o pedido.
      -vou conversar com Délia, lhes daremos a resposta ainda hoje, sogros queridos.
      -é, sim, meu genrinho querido.
minha filha disse : responda logo, Denilson. eu deixo. não vou tirar essa liberdade e tudo que ele mostra gostar. na cidade ele só sai de casa pra ir à escola ou conosco. Quase nunca se diverte no parque... pois não temos tempo de levá-lo. Então... se ele quiser, por quê não?
      -também deixo, querida Se é para a felicidade e a alegria dele... vale nosso sacrifício: suportarmos sua ausência.
     Nos demos um abraço coletivo, enquanto viámos Denilsinho acompanhando a pata com sua ninhada de patinhos amarelinhos.





domingo, 5 de abril de 2015

Depois de Seis Anos, Pedrinho na Roça.

    Seis  anos foi o tempo que meu muito querido neto Pedrinho ficou sem vir aqui na roça. Veio agora  no  Natal.
    Como  nesta casa só vive seu avô e eu que não devemos ingerir quaisquer  tipo de alimento. Para ele  que é adolescente, a[ coisa tá feia!]  Mas, temos frutas, frutos dos quais ele muito, muito gosta! Laranja baianinha, [laranja de umbigo] graviola, seriguela ...
    Estou de olho em Ritinha, que desde que o viu na varanda, não fica mais de uma hora sem vir aqui em casa !!! Ela só vinha quando Delza, sua mãe mandava dar-me algum recado... será que vai dá namoro? são tão moços, ainda! Mas...  o tempo responderá.
    O avô está mui, muito feliz, pois que Pedrinho é o neto mais amado, embora ele diga que ama a todos por igual. Mas sei que  diz assim, pra  evitar ciumeira entre os outros netos.
    Diferente das outras vezes em que veio, Pedrinho não mais se aventura pelos arredores da propriedade, nem mesmo dentro dela!!! Sabe, leitor, de quem é a culpa?

                          Do tablet!
                          Se senta no banco tosco,
                           tão logo escova os dentes, lava o rosto,
                           Põe um short, nada mais veste,
                           E... haja internet!!!

      Acabou-se  em meu neto, a quela alegria de ver os pardais, beijas -flor, as multi coloridas borboletas  bailando na revoada. sob a mangueira.
     À mim, parece outro Pedrinho! Acho que , lá no fundo do meu ser, eu esperava vê-lo ainda à

                          À dar cabriola,
                          Plantar bananeira,
                          Subir na goiabeira,
                          Refrescar-se sob ao pé de graviola...

     Ah!não é mais aquele Pedrinho!O avô diz: que menino educado! Sem maus costumes, com que delicadeza me trata! Sempre a me perguntar se quero alguma coisa. Que neto! Deus o abençoe! eu toda feliz respondo:  AMÉM!

                     É GLÓRIA, não é baboseira,
                     Prà u'a vó roceira,
                     Um neto dessa estirpe!
                     Há quem duvide?

Pois é! em pleno século XXI, se os pais fizerem realmente papel de pais, se se fizerem presentes na vida de seus filhos, ainda teremos:

                   Adrianas, Marianas,
                   Carmens, Julianas,
                   Paulos e Jacós. Jocas,
                   Bem longe das drogas.









quinta-feira, 2 de abril de 2015

O Tempinho de Um Idílio. II.

Meu bem é sem fim esse tempinho que você me pediu?
Tornou-se ingente meu sofrer!
Desde o pedido, estou em [jejum!] Notou do quê?
Isso mesmo. jejum de

         Enrosco,
         Jejum de beijo,
         Célere o desejo.
          Jejum de corpo sobre corpo!

Este tempinho estende-se por longo tempo!
Suporto-o,  pouco, muito pouco este tempinho!
Queres o fim do nosso idílio? Esse é um corte  no meu sonho de felicidade contigo.
Meses em curso, nem sente desejo de RECOMEÇO?

Proponho que volte nem um pouco reticente,pois que estou veemente e urgente , querendo-lhe no meu leito.
Chegue consciente, esquecendo-se de novo pedido de um tempinho, nesse nosso  interrompi
do idílio.
Desejo-lhe por todo o sempre, és ciente disso.
Retorne, enrosquemos nossos corpos, beijemos-nos com frenesi, estou em ímpetos que põem meu corpo enlouquecido!
Disseste-me que contigo é idem. E, se nossos corpos enlouquecidos vivem, por que esse tempinho entre eles?
Pense consciente e volte. Tô urente de você.

O Tempinho de Um Idílio.


Por um sem fim de desentendimento entre nós, 
Nosso idílio teve esse breve rompimento.
Restou no meu peito um monte de sentimento.
Oh! como dói esse meu peito!
Dizem que lhe dei motivo sério, porém,
Desistir de você, quem disse que vou?

Esse longo tempo juntos, foi-me muito, muito emotivo!
Por isso nem penso em lhe esquecer.
Tenho pleno convencimento que dei tudo de mim,
E consegui lhe ver feliz!
Sei que em breve tempo tem reinício nosso idílio,
Pois só nos demos um tempinho, menos de um mês.
Se quiserem conhecer bem nosso contexto idílico,
como disse-me meu genitor: "espere com fé. O tempo tudo resolve".
Despeço-me retendo seu sorriso terno nos meus tristes olhos.
Quero que pense sempre em mim!
Quero-lhe e isso é definitivo! Sei e sinto, nem escondo de ninguém,
Deus vê que sou sincero. Neste momento quero seus beijos, seus mimos...
Sei que povô seus sonhos no sono.
Ser ciente disso é meu enorme deleite.