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Família. Estes são alguns de meus netos.

Gabinete Português de Leitura

sábado, 6 de março de 2021

MEUS ESCRITOS

 Escrevo fora da regra.

Minha escrita não  se apega à técnica.

Escrevo com, sem rima,

Concreto e métrico.

Não  primo por metáfora.

Utopia é meta fora da minha escrita

E Sou restrita.

Não  penso, tampouco repenso

O que vem do coração, apresiono no papel

Momentos experiências, momentos felizes, tristes..

Meu dedo em riste não  lhe acusa se escreves com regra...

Leio, bato palmas.

Retenho  na alma.

Escrever  com técnica não é meu sonho.

Ah! Ao romatismoo risonho!

Veio à riba d'um regato,

Textos eróticos,  de recato...

Lá,relembro o quanto foram ingentes minhas mazelas!

Lembro- me dos banhos na gamela.

Sigo conservando a humildade na alma

Deixei-me calma

Após  conquistar meu lugar ao sol.

Faz-me bem escrever ao arrebo.

Põe -me sem alienação.

E viva minha escrita do âmago  do coração, à minha arte.

Modéstia  à parte, 

Com caneta, papel, sei dar asas à imaginação!

O reconhecimento  ao Pai, em mim mora 

Oro, agradeço,

E preces ofereço.






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quarta-feira, 15 de agosto de 2018


QUEBRANDO CASTANHA.

Ontem quando eu quebrava castanha, o bem-te-vi alardeou por toda a propriedade!!! "Bem-te-vi, bem -te-vi. Os insetos picadores não resistiram à curiosidade, vieram me visitar. Foi um rebuliço  [ou revoada]de inseto no meu rosto!
     A primeira visita foi um pouco amena. Só queriam ver meu pousar nos meus olhos, ouvidos, minha boca!!! Foi uma azucrinação ! Num momento em quê fui espantá-los, o partidor de castanha me escapuliu das mão, bateu no teto atingindo u'a casa de marimbondos!!!  Nem preciso dizer o terror que sofri! Me pergunto como consegui levantar-me, correr perseguida pela nuvem de maribondos.
     Felizmente tem uma torneira no quintal. Às cegas, abri-a, enfiei-me embaixo, abrindo-a total. Eles não gostam água, porquê molhadas as asas paralisam. Então me deixaram em paz. Em menos de ... meio minuto, Sumiram.
     Peguei o sabão em pedra que mantenho numa tarimba próxima à torneira, e tomei banho. Eu sabia que Nelson estava longe. Por isso, gritei a todo pulmão. Neeeeeeelson, Neeeeeelson.
Santo Deus! todo o pessoal da casa resolveu sair!!!?
     Enquanto estava pensando o que fazer para entrar em casa sem molhar o piso, ouvi o vizinho perguntando:
     O que foi, vizinha?  Precisando de ajuda? Porquê tá encharcada, assim?
     No mesmo instante pensei, quantas perguntas ao mesmo tempo!
     Tomei uma surra dos marimbondos, vizinho. E saiu todo mundo, eu estava quebrando castanha, tive que me jogar embaixo da torneira, agora não queria entrar em casa assim.
     Um momento. vou mandar Lalinha lhe ajudar.
    -Muito lhe agradeço, seu Xerxes
     Quando Lalinha chegou, eu disse a ela o que queria, onde estava. Quando ela me entregou-me as roupas, fui para trás da mangueira, pedi a ela que ficasse à minha frente para vedar a visão de quem passa no caminho. Acabando de trocar-me, agradeci à menina, ofereci um suco.
    não, não sinhora. Tô cum pressa, pra avinhar o armoço pur qui tamo cum visita,tenho qui caprichá, pra num invergonhar os pratõe.
     Ah, então, vá, vá . Não se atrase por minha causa.
    Inté intosse
     Até, menina Precisando de mim, disponha.
     Sim madama.
    ela se foi. eu lembrei-me neste exato momento que também tinha de cuidar do almoço, pois  pedrinho traria um casal de amigos para  almoçar conosco.
     Ouvi palmas no portão da frente, fui ver. /era uma adolescente acompanhada de um guri aporoximando-se aos dez anos.
     bom dia, Denilsinho está?
Bom dia. Não. Um momento que vou abrir o portão.
- Não precisa, não, eu queria ver ele
     Tá certo. Venha às catorze horas, mais ou menos.
     Ah, certo a senhora avisa a ele pra não sair?
     Aviso, sim.
     foram embora, voltei a lembra-me do almoço. Uma olhada no relógio , aquele do século retrasado, onze horas!!!  Meu Deus! Porquê dispensei Cenilda, logo hoje!!!? Surpreendida com novo ruído de palmas. estiquei o pescoço, olhando para o portão, vi mais um casal de adolescentes. fui até à porta.
     Bom dia. Procurando quem?
     Bom dia Procuramos Pedrinho.
     Saiu, mas deve estar chegando. Vai esperar?
     Vou, sim.
     Um momento que vou pegar a chave  Mãe santa! Como vou fazer almoço, com esse atraso tão grande!!!?   A Mãe Santa me aconselhou pelo pensamento: pizza. Obrigada, senhora, obrigada. No povoado vizinho /á uns quinze quilômetros, por ser um pouco maior, tem quase todos estabelecimentos comerciais dum bairro. Inclusive, a filha de Aguinalda, está cursando farma não sei lá das quantas, para abrir uma farmácia, porquê acha absurdo, irmos á cidade para comprar
um simples comprimidos. Merece palmas, aquela menina.

Abri o portão, mostre-lhe um dos banco toscos enquanto dizia que não podia dar-lhes atenção porquê tinha  o almoço para providenciar.
     -Não se avexe, não
     Corri ao telefone celular rural, por já saber o número da pizzaria, rápido. Fui arrumar a mesa, após, olhei na geladeira. o suco era pouco  Em tempo de caju,claro que fui colhê-los /suco da fruta fresquinha, quem não gosta? dirigi-me ao cajueiro ao lado da casa, se lá, dava para eu ouvir a conversa dos adolescentes
     -O quê você quer falar com ele?
     Perguntou o menino
    -Se ele está namorando Risalva.
    -e o que você tem a ver? 
    -Ah, só curiosidade.
    -Tá errada!!!
    Por quê? se somos amigos...
    por isso, se sente no direito de saber da vida íntima dele? Juízo. cuidada para não cair no ridículo Ou...
    Ou o quê?
    Você esta´interessada nele?
     Eu!!!? Ôxe, você tem cada uma!
     Casa una, não. e se é somente isso que vai perguntar, vamos embora, não vou pagar mico.
      À essa altura eu já tinha acabado de colher os cajus. Fui até onde eles estavam. Como voce se chama, perguntei ao jovem
     Me chamo Enéias.
     E você?
     Nilda.
Ouvi o barulho do motor de moto, agucei o olhar para a estrada e vinha o moto boy. fui abrir o portão para adiantar, mas, ele já parou junto. Saldei-o com um bom dia alegre, ao constatar  a rapidez do atendimento da pizzaria, e, que pelo visto, a pizza pedida a mais, foi  uma premonição acertasa, pois os adolescentes pelo visto, ficariam para o almoço Paguei as pizzas, no mesmo instante em quê me vi sorrindo em pensamento por analisar um almoço com pizza! Bem, eu poderia pedir outra coisa, se  não existe restaurante ou quem forneça almoço nas redondezas? 
     -Por quê a senhora está com o rosto e os braços inchados e vermelhos?
     Picadas de marimbondos. Um pouco antes de vocês chegarem
     Não está doendo?
     Perguntou a jovem.
     Sim.  Eu nem tinha me tocado que poderia estar com o rosto inchado. Por isso que está uma sombra na vista. é o edema 
     Pedi licença, fui à cozinha, peguei vinagre, água coloquei numa cuia, sacudi e comecei a passar no rosto e nos braços. Virgem Santa, me acuda. Como dói! Ou arde? Dei uma olhada no relógio, esse mais moderno uns noventa anos, mais ou menos, que o da sala.  O quê!!!? doze horas, e ninguém chegou? Voltei a passar o "remédio,"  enquanto ia à varanda fazer sala aos jovens. Quando ia sentando-me, ouvi vozes se aproximando. Reconheci a vos de Denilsinho, deduzi que estavam chegando, no instante em quê ouvi Nelson dizer você tome cuidado com essas Parou Deve ter visto os meninos na varanda  Nelson à essa altura, já estavam chegando ao portão. Nelson destrancou o cadeado, empurrou o portão. Deram um boa tarde uníssono, respondido em uníssono, também.
    Se tá.
    responderam os meninos  novamente em uníssono!   neste instante notei a ausência dos jovens que viriam almoçar conosco.
     Cadê os meninos?
     -Vamos almoçar sua gostosa feijoada, depois falamos.
     Respondeu Pedrinho com o semblante entristecido! Já fiquei preocupada. O leitor deve saber como é vó  É toda preocupação, quando tem o neto sob sua responsabilidade.
     Vão lavar as mãos. enquanto parto as pizzas.
      Chamei os Enéias e Nilda, notei o olhar de desprezo  de raiva... que Pedrinho  direcionou à Nilda. Pensei cá com meus botões: aí tem! O quê será?
     Depois do "lautoso almoço," chamei todos para avaranda, pedi à nelson que chegasse os bancos para junto da mesa, enquanto fui á cozinha buscar a sobre mesa de gelatina sabor morango. na volta, vi o olhar de solidariedade de Denilsinho para o irmão. Aqui foi quando me toquei no silêncio pesado gritante  reinando na varanda.
      Enquanto colocava a gelatina nas taças, perguntei  quê silêncio é esse, gente? Pedrinho, pode dizer agora, por quê seus amigos não vieram?
     Pergunte à sua visita.
     Disse num tom seco e calou-se.
     A menina levantou-se quase pulando e disse
     Gente, vou embora. Me lembrei que tenho um trabalho pra fazer no computador, e o trabalho é de minha colega, não devo deixar de fazer porque  me comprometi
     Neste instante, o jovem quase correu até o portão, dando tchau , tchau.
     Respondemos Nelson e eu  Pedrinho e o irmão estavam novamente se olhando solidariamente . Nilda despediu-se e de novo somente Nelson e eu respondemos.
ao ver que os jovens não mais nos ouviam, perguntei o que estava acontecendo,
     Nega, essa menina que acabou de sair, é uma cobra venenosa!!!
     É, vó. Imagine o rebu que wla armou pra Pedrinho.
     Corri não saltei em direção dele e sem conter minha aflição perguntei o quê foi?
     /ela espalhou por aí, que estamos namorando, pode!!!? 
     Não quero mais essa menina aqui.
     Disse Nelson  num tom pesado.
   
   




















   
   




 
   
   

























quarta-feira, 8 de agosto de 2018

OS TRADUTORES de SONS.



     Nelson anda às voltas, no galpão dos apetrechos, ferramentas, caçuá, e todas as  mais trepeças de coisas que precisamos para o trabalho rural. E anda pra lá, pra cá... vira, revira uma coisa aqui, outra lá. Eu me perguntado por quê  ele não chanava Praxedes, que é quem sabe de onde estão todas as coisas? Mas não me atrevi a perguntar-lhe nada, pois seu semblante me tirou o desejo de ajudá-lo. Fui ao portão da frente, dirigi-me onde praxedes estava cuidando da crina e rabo do cavalo negro, que é minha paixão,  chamei baixinho, mas, que deu pra Praxedes escutar  Quando ele olhou, levantou  levemente o chapéu e, entendendo que eu não queria ser ouvida por outros trabalhadores, me perguntou com os olhos, o que eu queria  . Chamei-o  firmeza nas mão . ele veio  meio apressado. Quando ele me saudou com  com um solente
-Boa tarde pratoa  Qui se assussede?
- Vai lá no galpão que Nelson está quase perdendo a cabeça de procurar algo e não acha.
- Eu sei o que ele prucura. É a rédia, de couro importada.
Disse ele já andando em direção do galpão.
 A passos lentos, dirigi-me pra lá, também,  chegando a tempo de ver Praxades apontando pra o telhado do galpão, dizendo oia lã pra riba, pratão.
    Nelson levantou a cabeça. Ao ver a rédea, disse: menino, não é que não me lembrava de ter pendurado  essa rédea? Não fosse você, eu ia dar um troço e não encontrava!
- O sinhô num dispundurou. [pendurou] mandou eu.
-Ah! Tá explicado. Como eu lembraria se não pendurei?
- Se qui ainda tô mai moço já num se lembro de arguma coisa qui fiz...
-Você está me chamando de velho?
ele perguntou num tom falsamente calmo. Digo isso, porque sei que ele DETESTA ser chamado de velho.
-Não, não, sinhô Quero dizer qui tenho a cabeça menos "cheia qui a do sinhô
- Não tente me enrolar, não, Praxedes.
e saiu em direção á varanda, enquanto Praxedes tentava puxar a rédea com gancho.
   Quando chegueià varanda, ele já tinha  a enxada pequena e a lima nas mãos
-vai afiar a enxada pra você capinar?
-Não. porquê teremos de capinar a área dos festejos juninos, e tem trabalhador sem enxada.
-ô vô, o senhor é obrigado a dar sua ferramenta para o trabalhador ganhar dinheiro com ela!!!? Desse jeito, é bom, fácil ganhar dinheiro.
Disse Denilsinho, que foi cegando no momento.
-É, meu neto.querido.não são todos.É um ou outro, que, por ter filhos, o dindin não sobra pra comprar enxada, facão, machado estrovenga... para trabalhar. Se eu não fornecer a ferramenta, o trabalhador não ganha dinheiro para o sustento da família, comprar roupas para os filhos . E aí. as crianças passarão as festas juninas com roupas rasgadas, descalços.
-Vô, estou orgulhoso do senhor
Disse Denilsinho, enquanto dava um abraço carinhoso e um beijo na bochecha do avô, que, não soube disfarçar a emoção!
     Pedrinho foi chegando e sentou-se no outro banco tosco da varanda, no momento em que /nelson começou a amolar a enxada.
     ao ouvir o som do atrito da  lima na enxada,  Denilsinho soltou uma explosiva gargajhada.
 Pedrinho, eu, nos assustamos, Nelson parou!
 -Pirou, foi rapaz?
 Perguntou Pedrinho.
-Nem eu.  Eu disse.
 -E eu cá? Falou Nenson.Vocês não entenderam o que a enxada diz ao atrito da lima. Diz, zica, zica, zica. e quando vô diminui o atrito, ela diz, ziiiinca, ziiica, ziica.
-Não, não, vinte, trinta, vinte trinta. Viiiinte triiiinta, viinte triinta...
Os quatro soltamos risadas prazerosas.

Vontade Imensa de Levantar.

    Como esperávamos pedrinho e Denilsinho chegaram ontem para os festejos juninos. Nem preciso contar para você, caro leitor, a imensa felicidade...
    acho que Denilsinho por ser mais novo, acordou junto com o avô!!! Às 4 h.!
     a conchegada sob o edredom, mas com aquela "vontade imensa de levantar," eu escutava o cochicho, os passos cuidadosos de  ambos para não me acordar, pelo corredor. eu tinha feito plano para levantar-me cedo, devido às providencias a tomar para agilizar o almoço, as múltiplas tarefas domésticas... incluindo o FACE BOOK, que ontem, por conta do preparo para achegada dos meninos, não acessei-o. Aliás, sequer lembrei-me do PC! Já mudei meu hábito de comunicar-me com os amigos/as, ao adquirir o WAT SAP. Mas... a, digo logo, pra que vergonha? tenho ainda dificuldade, preguiça de de aprender aprender a manusear o teclado do celular! é que poe conta da idade, meus dedos estão ... lentos. O espaço entre 1 e outra tecla e estreito. então, sem querer, por esquecer de certificar-me antes envio palavras erradas!!! Felizmente aprendi a correção. Com o teclado do computador, não tenho assim... tantas dificuldades.
     Resolvi desprezar o edredom, o colchão m-a-c-i-o. Pulei da cama, sentando -me em seguida para agradecer ao Pai por estar erguida,  agradecer a saúde e a alimentação nossa de cada dia...
     Já na porta do quarto, ouvi passos apressados e a voz de Denilsinho.
-Pedrinho, pedrinho, dê-me u'a caneta, aí, ligeiro, ligeiro, porque não posso esquecer de registrar o feito que cometi.
     Pedrinho saiu do quarto com uma mão cobrindo os olhos meios fechados por conta da claridade intensa do sol no corredor. espreguiçou-se, bocejou e perguntou:
-o que você quer, rapaz?
-1 caneta e que anote, por favor:
15 mosquitos,
20 mutucas,
30 pernilongos e
40 marimbondos Juaninha,
que acabei de matar.
 e largou uma estrondosa gargalhada, saindo em disparada., ao ver acara enfarruscada de Pedrinho, partindo pra cima dele, quase urrado:
-Pra isso você me acordou, foi, seu humorista de meia tigela!!!? Te pego.
Dei um salto pra frente,abracei-o com firmeza pedi:
-calma, calma, esquece, esquece, vó. Vocês não seriam irmãos se não se brigassem, se desentendessem vez por outra.
-Tá certo, vó, tá cert. Mas... só porque a senhora pediu!

     

quinta-feira, 5 de abril de 2018

BANHOS NO FIM de TARDE.



Eram prazerosos os banhos nos fins de tarde na fonte  de xxxxx. Um alarido, só. Todo fim de tarde a criançada se reunia para o gostoso e zuadênto banho na fonte.
  A gurizada feminina faziam brincadeira dentro da fonte, que alcançava um alarido impressionante! a fonte ficava escondida por uma... mata densa, quem passasse pela estrada, não tinha visão. Só ouvia  a algazarra. Nunca na nossa inocência pensamos que alguém  fosse nos espiar.
  Brincávamos de jogar água, uma na outra. Até de pega- pega, brincávamos,dentro da fonte.Era pura delícia, nossos banhos!A felicidade presente em nós, da primavera até o outono. Quanta alegria desfrutávamos nessas estações!
   Para mim, o inverno era mais longo que as três estações, quando tínhamos de ir ao mato catar lenha para esquentar água para o banho!!!Não foram poucas as vezes em que meus manos e amigos, e amigas perdíamos a tarde catando paus de acordo nosso tamanho para cortar com um pedaço de facão velho, enferrujado e com o maior cuidado para não esquecê-lo no mato. Chegar em casa sem ele, era sova, na certa. Na verdade não era tão ruim, assim, passarmos as tardes catando lenha, porque  passávamos por baixo do arame da cerca que dividia as propriedades. para comermos as fruas das fazendas. enquanto os trabalhadores estavam envolvido com seu afazeres, como procurando um animal perdido. tosando outro...Não devíamos colher além do necessário para matar nossa vontade. Se chegássemos em casa, com uminha fruta ou sinal de de que tínhamos feito quaisquer artes, vinham palmatória e castigo ajoelhados por longas horas  e, de frente para a parede, ninguém e atrevesse a falar com quem estivesse de castigo. A mãe di castigado contava à  mãe dele,  e coitado ia pro castigo, também!!!
  Nosso banho em casa n era gostoso, porque  era na gamela. Bacia de madeira , pesada, que era um sofrimento, após o banho jogar a água fora, lavar a gamela para o próximo, tomar banho. E, como a casa era de piso de barro batido, não era permitido derramar água no chã, para n;ao fazer lama. Eu, quando não estava chovendo, preferia me banhar no quintal. esperava escurecer para os vizinhos não verem,  escapava de lavar a jeringonça da gamela.
  Numa tarde chuvosa, ao terminar meu banho, peguei o pinico e mamãe pra desprezar a água no quintal,. ao jogar a água com muita força, pra que a mesma ão caísse perto da porta, ouvi um grito ensurdecedor.Cheguei-me para pertinho da porta, não consegui ver além dum vulto. Mas, a voz que gritou seu moleque, vc jogou água do seu banho em mim!!! De quem a voz? da vizinha, dona Anfrizia!!!
  O quê a senhora quer no quintal do vizinho? Se não chamou, é porque está espionando o que se passa na casa alheia!