quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A Perseverança de Seu Dinaldo.

        Seu Dinaldo era pintor. Tinha quarenta anos, casado, um filho de nove anos de idade, muito esperto. Mas seu Dinaldo não estava mais contente com sua profissão! Subindo e descendo em andaimes, pintado paredes de prédios, lhe deixava pra lá de chateado! Não, não podia continuar assim. a labuta era pesada, pouco remunerada...sua inconformação era tanta, que o levou a ter uma ideia não digna. Mas...
    Seu dinaldo pensou, pensou, um dia, resolveu por em prática.
    No dia em que decidiu por seu plano em ação, chegou capengando da perna direita, na empresa onde trabalhava. O chefe imediato perguntou-lhe:
    -O que aconteceu co sua perna?
   -Sei não.  Na semana passada, senti u'a dorzinha nessa perna, logo que me levantei.  Só que nem senti quando passou, que nem lembre dela. hoje, tô assim.
     -Vá ao médico, no térreo, sala três.
   -Sim senhor.
    O médico pegou a perna, levou pra lá , trouxe, subiu, desceu, a cada movimento, seu Dinaldo contorcia se um pouco, menos, mais, fingia que ia gritar. O médico prescreveu  Remédio e disse-lhe pra ficar em casa por cinco dias.
    ao término do prazo, seu Dinaldo retornou ao trabalho, mancando e leve, mostrando sinal de melhora. Seu chefe deu-lhe tarefas que não era preciso subir em andaimes. Ele ficou contente!
     no dia seguinte, ele com sonsidade disse ao chefe :
    -acho que dá pra subir no andaime, não?
    -Não, não Espera mais uns dois dias, rapaz! pra que pressa?
    E assim  seu Dinaldo fiou os dois dias. pintando peças, pra na~subir em andaimes. Esses dois dias terminaram na sexta-feira. No sábado, o chefe deu -lhe ordem para subir no andaime e pintar a fachada do edifício. Ele foi. Trabalhou bem. Ao fim do serviço, foi pra casa sem mancar.
    Na segunda-feira, lá pelas onze horas ele começou a mancar bem pouquinho. Seu chefe percebeu.
    -Voltando a mancar. Vá novamente ao doutor.
    fingindo-e-se em dúvida, ele perguntou
    -será preciso mesmo, chefe?
    -Vá. é uma ordem. não quero problema no futuro para a empresa, senão perco meu emprego, rapaz.
     Lá se foi ele vestido de sonsidade,
    -Doutor, acho que o chefe tá exagerando!
    Não está não não.
    nova receita, mais, dez dias em casa..
    Oba! Dez dias recebendo sem trabalhar, é bom! Muito bom!
    Voltando ao trabalho após os dez dias, ele chegou sem capengar. o chefe  deu-lhe uma palmada no ombro, desejou lhe feliz retorno. Novamente o chefe não lhe permitiu subir em andaimes, por toa a semana.
    Retornando na segunda-feira, Seu Dinaldo Chegou à empresa capengando bastante. O chefe apresou-se em mandá-lo ao médico. Este por sua vez, preencheu umas requisições, ao entregá-lhe, ensinou onde levar, deu logo o endereço.  quando mostrou ao chefe, este disse;
    -Vou mandar lhe levar no carro da empresa.
    -Eta coisa boa! Melhor que isso, só outro disso.
    Seu Dinaldo saiu do I.N. S.S. , direto pra casa, aguardar a aposentadoria. Um, dois. três, no quatro mês, chegou aviso do benefício no banco xxxxxxx. agência xxxx-xx. rua xxxxxx xxxx, número xxx Como ele morava na beirada, do Município, teve que aguardar por dois dias quando sairia a lancha para a cidade.
    Foi com muita ansiedade que ele foi dormir na véspera da ida ao banco.  Até sonhou que estava pescando, e ao acabar a pescaria foi andar não conseguia. Acordou às quatro horas porque a lancha saia às cinco. Pôs os pés no chão, tentou sair do quarto. que tá acontecendo comigo!!!? Não posso andar!!! Tentou, tentou. Nada. Em pânico, chamou a esposa  que, atendeu imediatamente ele lhe disse a situação. Ela tentou ajudá-lo a sair do quarto e não conseguiu! Correu desesperada á porta, pedindo por socorro. A vizinhança acorreu pra socorrer. ao darem-se conta de que ele realmente não andaria, levaram para o banheiro e arrumaram-o, levaram ao porto, embarcaram-no na lancha.
    No banco foi com a ajuda dos amigos que resolveu tudo. enfim, recebeu seu benefício referente á sua aposentadoria!
    Já em casa , quando os vizinhos o deixaram devidamente acomodado numa cadeira da sala, que se despediram e se foram, prometendo ajuda sempre que fosse preciso, ele agradeceu dizendo que jamais esqueceria a ajuda deles.  chamou a esposa, deu-lhe o dinheiro para guardar. na saída dela, o filho  Disse-lhe: parabéns, papai! O senhor é muito perseverante! Perseverou, perseverou e venceu! Conseguiu realmente ficar inválido.