Dona Andreza, sei ser esse seu nome, poque ouvi alguém chamando uma senhora, que, sob sol ou não, corre na rua principal no bairro de xxxxx. Um conjunto próprio . a cada dia, exibe um. só o tênis, é o mesmo. E preto. As meias, ela também varia. Certamente é vaidosa. E lá vai ela passando neste exato momento. Queixo pra cima. bumbum empinado, toalhinha numa mão,garrafa d'água, na outra mão, nada.
Maquiada. Mas... me parece que a maquiagem não combina com a idade, a tez... Sei não... Porque acho? o cabelo pintado, mostrando que à um bom tempo está sem pintar, pois apresenta -se branco da raiz até certo ponto, marrom e e um preto já claro pra as pontas. As sobrancelhas pretíssimas! Nada a ver mas, bem delineada. Como não entendo bulufas de nada de maquiagem, melhor deixar pra lá.O que não combina com ela, é que a camiseta do conjunto é quase transparente, mostrando a ausência do sutian pra sustentar os montes arredondados de outrora. Será que ela não se dá conta do processo de murchação, o efeito da gravidade a que a natureza lhe submete, ou simplesmente bem consciente tá nem ai?
Se bem que vejo uns quadris largos, embora os joelhos e batatas das pernas mostrem como estão franzidos, evidenciam um corpo outrora, monumental!
Sorridente, parou na barraca de seu xxxxx, pediu um cigarro. digo, porque de cá, dá pra ver tudo que se passa lá. E é assim todas as manhãs. Numa dessas manhãs, em que ela baforava seu cigarro, admirando os jovens transeuntes, de cá da janela, vi que ficou toda eufórica quando Parou um rapaz tipo atlético, bem vestido, calçado, também. Vi dona Andreza estirar o braço, abrir a mão e levá-la ao rosto do rapaz e acariciá-lo , lentamente. Soltei uma risada gostosa com o susto que ele tomou, falou algo e com a cara feia, se mandou.
Ouvi a voz do meu neto atrás de mim, perguntando?
-Vó, espero que a senhora quando ficar mais velha, não seja assim. Aloprada, Aquela ali, é uma viaje. Por favor, não vá me envergonhar.