Nove horas da manhã. dia útil da semana, ouvi um: oi de casa, vindo do portão lateral da casa. Fui ao janelão que dá plena visão pro portão. ai, que Surpresa! As candidatas a eleita de Pedrinho.
-bom dia, cuma vai a sinhora?
Perguntaram as duas ao mesmo tempo. Aliás, são costumeiras nisso. parece até que ensaiam.
-Bom dia. Bem, obrigada. Podem entrar, o portão está encostado. entraram com o jeitinho sonso delas. Mostrei-lhes a porta da cozinha, quando entraram, mostrei o banco junto à mesa. sentaram. Ofereci café Pois quando elas chamaram no portão, eu sentando no banco para quebrar meu desjejum.
-num precisa, sinhora já tumamo cedo.
-Pois então, deve m tomar novamente. Faz de conta que é a merenda.
-Se a sinhora acha, aceitamo, sim.
Não vou dizer novamente que falaram ao mesmo tempo.
Enquanto tomávamos café perguntei por seus familiares. Responderam que estavam bem.
- A que devo a honra dessa visita?
olharam pro chão, também ao mesmo tempo!!! Sonsas! Pensei com meu botões.
- nói subemo qui Pedrinho tá aqui. viemo visitá ele.
-Fora do Natal e do S. João?!!!
Dessa vez a amiga respondeu sozinha. Talvez por isso vi que ela é dentuça, além de ter os dentes muito largos. Rapidamente lembrei-me de uma cantiga que eu ouvia minha mãe cantar, quando tinha uma querela com alguma vizinha. Era mais ou menos assim;
Sai daqui ó suja
Com sua carona que me faz correr
Sua boca grande
com os dentões pra fora
Querendo me morder
Eu estou falando
Ela está pensando
Que não é com ela
Sai-te jararaca
Olho de alfavaca
Cara de gamela.
Toda se sonsando
Só parece a peste
quando vem do leste
Quando vem matando.
Pintura e colagem em vinil
-
Pintando somos livres
Não sei que ponte parti
Sei que o resultado final
Formou pinceladas de poeta.
Há 2 semanas