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Família. Estes são alguns de meus netos.

Gabinete Português de Leitura

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Outra de Diná.


    Diná completou quatorze anos. Simpática, extrovertida, mostra saber o que quer da vida, que tem os pés no chão, inteligente e dedicada aos estudo.  Nunca perdeu um ano! Não é de admirar? Armadeira do jeito que é,Deixa-nos a impressão de desinteressada ao estudo.
    Só que não esquece de "armar" suas estripulias. Sabe o que armou com um pretendente a namorado dela, quando esse declarou-lhe seu interesse em namorá-la? Marcou hora, local  para o encontro. armou todo o plano. Chamou a prima. Por sinal, feiosa de rosto, corpo desengonçado, mas... pasmem! Dona de um uma cabeleira...assim... invejável! Isso mesmo que estou dizendo. Tenho certeza  de que qualquer mulher sob o céu, desejaria aquela cabeleira. Ah, tenho certeza, sim. Muito alta. Para média da população feminina no Brasil,  já está ficando "pra titia". Claro. Com o perfil que tem... faltam, claro, pretendentes.
    Voltando à "armação," Diná chamou a prima. No momento esqueci-me o nome da coitada.
    -Tenho um recado pra você.
    -Mesmo?
    -É. Um rapaz. Talvez você até conheça, mas não sei. Bem. Ele quer namorar com você. Disse que vá se encontra-lo, hoje, às dezoito horas, na ponte xxxxxxx, ele vai estar embaixo do pé de muruci Ele soube escolher bem, a árvore, porque o pé de mirici está lindo todo florido! A copa está .... exuberante!
    -quem é ele?
    -Ah, não digo. você vai saber quando chegar lá.
    Eremita,[ hum!lembrei o nome dela!] arrumou-se. Colocou um vestido amarelo, na altura do meio das coxas por sinal muito finas, decote em V, [  para mostrar o quê, não sei, pois que não se via nada sob o decote! Tadinha da coitada! A natureza deixou-a desprovida de seios!]  Fez um coque bem no alto da cabeça, fazendo-a parecer ais alta do que já era. calçou sapatos escarpan de saltos muito altos para a caminhada no mato, grama rama e até lama. batom vermelhão finalizando com um perfume. Lá se foi toda feliz.
    Ao chegar no local viu o rapaz fitando o caminho por onde ele sabia que Diná viria.
    -Oi. boa tarde. Cheguei.
    O rapaz olhou sem esconder seu espanto, desapontamento... saiu numa disparada como um corcel  no seu galope mais acelerado.
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domingo, 8 de novembro de 2015

Meu agradecimento a Deus.

    Agradeço a Deus  de ter me dado  nove  da sua mais perfeita criação, as vezes em que a Ele recorri e fui agraciada com seu atendimento satisfatório. às vezes o atendimento vinha rápido. Às vezes demorava um pouco, mas vinha. Ele nunca me "deixou na mão" Não fossem tantos que dariam até um livro, eu contaria aqui. Esses socorros que Deus dispensou a mim.  As graças que dEle recebi,  nem dá pra contar!
    Na criação, na educação dos meus filhos, então! Aqui Ele foi minha coluna de sustentação. Se me faltasse a fé...isso. Eu teria sucumbido, sim! Pois criar, educar ainda trabalhar? Ai, ai, ai! Deus certamente não parou pra pensar se eu merecia ou não Sua Graça. Ele não me deixou cair com as reveses da sorte.
    Hoje, ainda enfrento adversidades!!!Eu não deveria viver num mar de rosas? Deveria. Mas... contínuo é o sofrer pra quem é mãe de uma prole grande! Cada filho com um pensamento diferente do do pai, do meu, dos irmãos. Pense. Não fosse eu contrita com Ele, o que teria sido da minha vida?
    Não nego pue tive uma ovelha desgarrada, que por seu mal escolhido caminho, me mergulhou em   amarguras, dívidas... mas Deus é Pai. Então vou vivendo "numa  boa", nessa cela sem grade em que esse filho me colocou! Deus me mantém ERGUIDA! Obrigada, meu Deus. Que poder ingente, tens!
    Tenho que agradecer profundamente ao seu, nosso,  Deus. Sabem, pra isso me faltam as palavras? Será que é poque não alisei os bancos da universidade? Talvez sim, talvez não. Mesmo assim não devo, não QUERO deixar de registrar meu agradecimento a Ele. OBRIGADA, meu DEUS.
   

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Meu Rolé. Dominical.

     Hoje, domingo, fui dar meu costumeiro rolé pelos arrebaldes da cidade. Após uma hora mais ou menos, parei pra descansar. bizoei pros cantos,  vi uma mureta.  Nela sentei-me, e, continuando bizoiando para me situar. Ah! Este bairro é xxxxxxx!!! Nossa! nunca imaginei que existe esta parte. Só passo lá por cima.  como.
    Como a mureta fica sob uma árvore, fiquei comadamente  instalada e refrescada pelas amenas lufadas do vento, que desconhecendo o trabalhão que tenho  em me arrumar pra sair, sem cerimônia fazia farra na minha cabeça desalinhando meus
"arames" mantidos lindos à força da chapinha!Ah, mas a fresca tava tão gostosa, que lembrar de cabelo arrumado, agora? Xa pra lá.
    Quem tem vista boa, vê o que quer e o que não quer.  coisas boas, ruins, bonitas agradáveis e vice-versa. Então vi um rapaz  assim...Tísico, muito alto, cabelo carapinha negro, Mas o semblante mostrando que já foi bonito! Atrás dele vinha um garoto talvez tenha uns 10 anos. jeito manso, olhar perspicaz,  antes que o rapaz arriasse no chão os trecos que trazia, disse:
    -Pai, trago a quela cadeira prà vó?
    O rapaz olhou  com  olhar reprovador, acho que automaticamente lembrou-se das boas maneiras, enterneceu o olhar,e respondeu:
    -Craro  fio, craro.
    E lá se foi o garoto na sua celeridade própria da sua idade, atravessou a rua, em busca da cadeira. E me pus  peguntar por que em pleno século 21, ainda existem pessoas Falando pedradas, assim? Analfabetas, ou força do hábito? Ruminando esse e outros penares similares e ao mesmo tempo observando a arrumação que o rapaz faia no passeio, bem à minha frente. Pegou uma armação de metal bem oxidada, (a armação estava encostada na árvore que me ensombreava)pegou uma porta de compensado já se desmanchando, pôs na armação, forrou-a com i-uma toalha esfarrapada, no entanto, limpinha! Começou a distribuir as coisas que estavam num balde grande, e em outro de margarina. 2 bonecas Barbie bem estragadinhas, um ioiô. 3 cachepôs de madeira, Uma embalagem de margarina xxxxx cheia de bolas de gude, Não contei, mas parece-me que tinha 4 pares de sandálias infantis, muitas fitas aquelas do Senhor do Bom Fim, ou Bonfim? A memória me traiu!!! Também, ela já tem xxxxxxx e melhor esquecer.  Ah, lá vem o menino com a cadeira.
    -Seta aqui, vó.
    Sentei-me, a cadeira deu uma deslizada, quase me derrubando! Me ajeitei e agradeci com um carinho no rosto do garoto, sem deixar de acompanhar a arrumação do rapaz. Quanta bujiganga! Será que é pra vender? e tem quem compre!!!?
    Agora ele atravessa a rua, após subir o passeio, dirigiu-se ao protão de uma casa em ruína . Abriu o portão e entrou. Na volta veio com um aspirador  e outos apetrechos para lavar carro.  No exato


Pe

O São João Avançado de Pedrinho.


    Fui passar o são joão no interior. Levei meu neto Pedrinho. Ativo como e, descascou coco, debulhou milho...
    Foi escolhido para ser o noivo, fazendo par com Mariazinha. Aceitou prontamente.
    Preparamos a roupa para o casório: chapéu de palha rasgado, lenço vermelho para o pescoço, outro para o bolso da camisa xadrez também vermelha, calça jeans com remendos estampados na altura dos joelhos, meias brancas e sapatos de couro cru. As costeletas e o bigode ficaram bem pintados com carvão.
    Pedrinho empanturrou-se de laranja, canjica e pamonha de milho, bolo de aipim,de carimã, milho assado na brasa na palha, arroz doce, amendoim... queria até beber licor!!! Não permiti. Lembrei-lhe que só tinha nove anos! Ofereci doce de jenipapo.
    ao redor da fogueira, ele soltou buscapé, traque, bombinhas, pulou fogueira com Joana, dançou forró e encantou-se com a quadrilha, pois, só conhecia pela televisão!

    Assustou-se com o estrondo do rojão. enfim, chegou  a hora do casório! Mariazinha, apesar da gravidez em evidência, estava linda! O vestido bem florido, rodado, cheio de babados e abaixo dos joelhos. duas tranças com laços de cetim branco, véu caudaloso, passadeira florida e a maquiagem no padrão joanino.
    Bem, o padre fez o casório. Então, ouviu-se o tradicional Viva os noivos! e quando o frei disse: pode beijar a o rosto da menina, Pedrinho olhou de soslaio para o padre e...tascou aquele beijo na boca de Mariazinha, deixando todos os presentes boquiabertos,espantados...





segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Mais Uma de Diná.

    Diná tinha prometido deixar de exercer suas travessuras malvadas. Mas... num certo dia, dia no qual sua irmã, Diva tinha que dar um recado a mando da mãe de ambas, à dona Nilmaria. Diná não resistiu à mais uma travessura.  e a coitada e ingênua irmã, sobrou!
    Quando diva se arrumou para ir dar o recado a dona Nilmária, perguntou a Diná qual era o pé direito e o esquerdo das sandálias que calçaria. Minha sandálias são tão lindas! Nossa mãe é pobre, mas que bom gosto  tem! Olha com as tiras são bem trançadas, o azul turquesa lindo, Lindo! Diná ensinou. Errado. Mas a garota na sua ingenuidade não percebeu no rosto da irmã a sonsidade estampada.
    A menina saiu  toda faceira, saltitando no seu vestido branco de babado na saia e um laço de fita também branco, bem feito, na cintura. Duas tranças  trazidas para frente dos ombros, com laços de fita azul.
    quando Diva saiu do caminho da casa, até onde começa a estrada e acesso às outras localidades, ela
                                  Até se atrapalhou.
                                 Mas rapidinho lembrou.
                                 E pula pra lá...pensou:
                        Será que lembrarei o recado que mamãe mandou?

    De repente ela notou que as pessoas olhavam demoradamente pra ela. Passau a mão na cabeça, Olhou o vestido. Não estava amassado nem apertado ou folgado. Desceu a vista para os pés, achou que as sandálias estavam bem.  Pensou: talvez não me conheciam. É, deve ser isso. Tadinha! Ela sacudiu a cabeça para espantar a os pensamentos ao seu estar apresentável, e se mandou, toda contente, pois acabou de lembrar que lembrou-e de todo o recado para dona Nilmária.Seu pensamento pulou para a mãe. Tão pobre! E

                              De pequena estatura
                              Pouca. Quase nada de cultura,                    
                              Mesmo quase culta,
                              Se preocupa com a vida futura...

                              Das amadas filhas
                              Deseja pra elas, uma vida... fina.
                              Pede proteção Divina,
                              A saída desta pequena ilha.

    A menina tem certeza que é esse o pensamento da sua mãe.
    Ao aproximar -se da casa de dona Nilmária, viu um grupo de crianças jogando pião. Cada qual mais enfitado que outro, maiores, menores...  Um deles olho atentamente para os pés de Diva, cutucou outro, este cutucou o mais próximo. Enfim, todos foram cutucados, então o garoto apontou para os pés de diva. Ah! que alarido, algazarra, fizeram! Rápido,ela entendeu que era com ela, aquela gozação alvoroçada e desmedida! Não pode conter as lágrimas! Paralisada com estava, não conseguiu sair dali, perguntar o que estavam vendo de errado e feio nela. E gritavam a todo vapor.

                                Cinderela perdeu  o sapato de cristal
                                Mas esta amarela,
                                por sinal, também bela
                                Calçou-os errados. Foi mal.

    E bisavam o foi mal, sob risadas. Risadas não. Gargalhadas e assovios. A menina só chorava.    Que petizada sem respeito! Deseducadas... De repente,  a poucos metros, abriu-se uma porta na qual apareceu uma senhora gorducha e enorme na sua estatura, perguntando bem alto. Que vocês estão vendo nesta criança, para infernizá-la dessa maneira? Está descabelada, suja, esfarrapada? mesmo que estivesse assim, não e´pra fazerem chicana. é pra ter respeito, porque ninguém nasce pobre querer E pobreza não é defeito. Eles apontaram para os pés de Diva, saindo em debandada.
     A senhora aproximou-se da menina abraçando-a, dizendo que tudo passou.
    -Quem é você, menina?
    Sou diva. Filha de Edenilda.
    -Ah, minha amiga.  Como está sua mãe?  
    -Tá bem. Vim trazer um recado que ela mandou.
    -Sim, sim. Primeiro vamos  lá pra casa, se acalmar, Depois você me diz.
    Chegando em casa, dona Nilmária mandou Diva sentar-se no banco e disse
    -Que cambada! ninguém nasce sabendo. Porque eles ao invés de lhe ensinar a calçar, fizeram aquela algazarra toda, não lhe ensinaram  com respeito, que suas sandálias estão erradas?  Também podemos nos enganar, ao calçar os pés.
    -Não, não, dona Nilmária. foi Diná que me ensinou. Foi mais uma de Diná. Eta diná!