domingo, 5 de abril de 2015

Depois de Seis Anos, Pedrinho na Roça.

    Seis  anos foi o tempo que meu muito querido neto Pedrinho ficou sem vir aqui na roça. Veio agora  no  Natal.
    Como  nesta casa só vive seu avô e eu que não devemos ingerir quaisquer  tipo de alimento. Para ele  que é adolescente, a[ coisa tá feia!]  Mas, temos frutas, frutos dos quais ele muito, muito gosta! Laranja baianinha, [laranja de umbigo] graviola, seriguela ...
    Estou de olho em Ritinha, que desde que o viu na varanda, não fica mais de uma hora sem vir aqui em casa !!! Ela só vinha quando Delza, sua mãe mandava dar-me algum recado... será que vai dá namoro? são tão moços, ainda! Mas...  o tempo responderá.
    O avô está mui, muito feliz, pois que Pedrinho é o neto mais amado, embora ele diga que ama a todos por igual. Mas sei que  diz assim, pra  evitar ciumeira entre os outros netos.
    Diferente das outras vezes em que veio, Pedrinho não mais se aventura pelos arredores da propriedade, nem mesmo dentro dela!!! Sabe, leitor, de quem é a culpa?

                          Do tablet!
                          Se senta no banco tosco,
                           tão logo escova os dentes, lava o rosto,
                           Põe um short, nada mais veste,
                           E... haja internet!!!

      Acabou-se  em meu neto, a quela alegria de ver os pardais, beijas -flor, as multi coloridas borboletas  bailando na revoada. sob a mangueira.
     À mim, parece outro Pedrinho! Acho que , lá no fundo do meu ser, eu esperava vê-lo ainda à

                          À dar cabriola,
                          Plantar bananeira,
                          Subir na goiabeira,
                          Refrescar-se sob ao pé de graviola...

     Ah!não é mais aquele Pedrinho!O avô diz: que menino educado! Sem maus costumes, com que delicadeza me trata! Sempre a me perguntar se quero alguma coisa. Que neto! Deus o abençoe! eu toda feliz respondo:  AMÉM!

                     É GLÓRIA, não é baboseira,
                     Prà u'a vó roceira,
                     Um neto dessa estirpe!
                     Há quem duvide?

Pois é! em pleno século XXI, se os pais fizerem realmente papel de pais, se se fizerem presentes na vida de seus filhos, ainda teremos:

                   Adrianas, Marianas,
                   Carmens, Julianas,
                   Paulos e Jacós. Jocas,
                   Bem longe das drogas.