quarta-feira, 6 de maio de 2015

O Retorno de Pedrinho.

   eu estava no pomar com a moça que me ajuda na  colheita das frutas, fazeres doméstico, nas confecção das polpas, doces... quando ouvi  chiado de rodas de carroça. perguntei ;
-menina, você ouviu zuada de carroça?
-não. A sinhora tá ouvino dimai.
   Antes que eu respondesse, ouvi gritar: ô de casa!  aí ela disse:
-tão chamano, mermo. vou na frente poi ando mai ligero.
   Quando cheguei, ela já  tinha  aberto o portão qual não foi minha surpresa ao ver Pedrinho e mais um casal de jovens, descendo da carroça!
-Bença,vó?
-Deus lhe faça feliz, lhe abençoe em todos os momentos da sua vida.
-vó,estes são Rildo e Nilda, são irmãos, meus amigos.
 Abracei-os carinhosamente Desejei-lhes boas-vindas,convidei -os sentar no banco tosco da varanda.
   -vó, a senhora ficou chateada, por eu ter trazido meus amigos? Ainda mais sem avisar...!
  -Que nada, vó! Acho bom, muito bom! Com certeza seu avô também vai gastar. Vamos entrar, pra vocês se acomodarem, descansarem dessa viajem de carroça! Por quê de Carroça?
-Porquê estava muito cedo para a hora do coletivo,  saí à procura de  frete, só achei a carroça, então...
   Na sala, apresentei-os à Dina, minha ajudante, Chamei Nelson, que saiu do escritório  e mostrou um sorrisão, de felicidade! Abraçou o neto. Este apresentou-lhe os amigos, Nelson, como eu, desejou-lhes boas -vindas. já sentados, Pedrinho falou:
Vó,é verdade que a senhora e vô, querem Denilsinho aqui para passar os festejos juninos e natalinos? Não me querem mais?
-meu neto querido,a última vez em que você esteve aqui, mostrou-se assim... desinteressado! ritinha vinha conversar , você não dava a devida atenção. Não ia mais passear pela propriedade pra ver todas as coisas que antes você gostava de ver, nem procurava os meninos pra brincar, conversar...então Nelson e eu nos prevenimos convidando Denilsinho, para não corremos o risco de passar estes festejos,  sozinhos.
-Vó, eu cresci. Meus gostos são outros, Ritinha é uma menina legal, porém diferente de mim. gosto muito dela, vó. só que as meninas da daqui,se aproximam de rapazes da cidade, com a intenção disfarçada, pra namorar. namorar sério!!! Por considerá-la muito, evitava a conversa. Nenhum rapaz quer namorar sério, na adolescência, vó.
   Deus seja louvado! Que neto ajuizado, eu tenho!
   -Então vó,não estou certo?

   -Certíssimo, vó.
   E ficamos a conversar, felizes, sobre tantas  pintanças feitas,  quando ele era menor, os banhos demorado na lagoa...
   -virei com meus amigos em todos os  festejos daqui. Conbinamos isso, na viajem. e ficarei feliz por estar junto à Denilsinho. É bom ter um primo perto, pois na cidade, não tenho um parente, sequer.Essa falta de convivência com os parentes, não é bom. Não, mesmo. mas... vó a senhora vai ter um tralhão danado, conosco!E vô será que não vai se aborrecer? Vocês estão acostumados sozinhos... vai ser um entra e sai, danado, um converseiro...  o tempo todo, todo tempo! Ai, ai. ai.
-Seu avô ficará feliz, pois o que ele não suporta, é passar os festejos, somente ele e eu, nesta casa.
   -Não tem bolo de aipim,  não, vó?