segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

...Em Família...

No dia 11 de abril de 2007 fui à casa de minha filha. Não a encontrei. Meu genro, disse:
-Ela foi trabalhar. Fique a vontade. Vou sair.
Olhei ao redor, vi o cesto de roupa suja cheio. Maeio receosa, abri o armário, peguei sabão, alvejante, amaciante e escova. Fui à área de serviço e...mãos à obra. Lavei tudo.
     quando meu genro retornou, disse:
-A senhora não precisava se preocupar.
-Não é preocupação, não, meu filho.
-Mas a senhora precisa descansar.
À tardinha minha filha chegou e foi aquele converseiro. Num dado momento,ela disse:
-Mainha, p'ra que a senhora lavou as roupas? Elson não gostou.
Fiquei sem jeito mas já tinha lavado... À noite voltei para minha casa.
Bem, dois meses depois, no dia 15 de junho vou novamente lá. Recomecei tudo. Nas roupas sujas desse dia, encontrei um lençol fabricado com 30 % de algodão e 70%  fibra sintética. por isso, ele estava cheio de bolinhas mas tão escuras que enfeiavam o tecido. Quando este secou,
peguei uma gilete e tirei as bolinhas deixando o lençol parecendo novo.
Novamente como da outra vez, fui embora.
   No dia seguinte à noite, minha filha veio à minha casa a deu-me um pacote.
-Mainha, é seu.
Abri. Surpresa! O dito lençol. Falei:
-Neide, não entendi.
-Mainha, em abril a senhora lavou toda a roupa Elson  disse que a senhora não se preocupasse com a roupa.
-Sim. e daí?
Daí é que ele ficou sem ter o que fazer naquele dia. Ontem, a senhora vai e repete tudo!
-Neide, ele não gostou?
-Não.
Mas por quê?
-Ah! mainha, ele fica sozinho o dia todo, precisa lavar as roupas para passar o tempo.
-E o lençol, o que tem?
-A senhora tirou as bolinhas.
-sim. Ficou bonito, com jeito de novo!
-Mas Elson não tem mais as bolinhas para tirar uma a uma, enquanto o sono não vem.
  Então, cheguei à conclusão de que em casa de filha e genro, sogra não faz o que quer.