domingo, 21 de setembro de 2014

A Abandonada.

      ...um silêncio profundo fez-se á sua saída.
     E, por dias inteiros esperei sua volta.
     não atinava-me em nada!
     Ao toque do telefone, meu coração disparava.
    TV, revistas, jornais,
     nesses dias, jamais, distraíram-me!
    Gora, nesta sofá espero.
    O dia passa, a noite chega.
    Com ela a tristeza.
    Essa me abraça! solta sua pirraça,
    à lembra-me de você.
    Os macios lençóis tornaram se ásperos!
    Vou até a vitrola, ponho o vinil de Beethoven
    Já não quero ouvir.
    Resolvo por um banho morno, demorado.
    embora o horário esteja avançado.
    Alegria! Já desponta a aurora.
    Começa a sinfonia da passarada.
    Quem sabe agora,
    a colorida madrugada
    amaine esse clima de angustia e ansiedade?
    Ah! abandono e solidão ponhem -me doente!
    Pois não sou auto-suficiente para administrar
    tais sentimentos.
    já um abraço,
    um cheirinho no cangote...
    Tudo faço,
    para tê-los de volta.
    afinal não sou freira!!!
    Estou, sim, explodindo de amor, paixão,
    Não aceito por companheira,
    essa inxirida solidão.
   

     
    d