quinta-feira, 18 de setembro de 2014

À Sanha Da Solidão.

 

      Ele foi embora
      Descabelei-me chorei...
      E meu peito clama
     de hora em hora
     Cheiro o lençol,aliso a cama...

      A solidão me espia diuturnamente.
      Em mim sua sanha derrama
      Com o coração em descompasso pungente
      tento segurar o pranto
      Mas pra o coração de quem ama...

      Volte!  Pra estabilizar minha emoção.
      Preciso calar meus gritos meus ais!
      Sou u'a dama!
      Não seja indiferente, rapaz
      a quem tanto lhe ama!

      Ah!Que conflito no peito, queimação na cabeça!
      Do olhar o brilho sumiu!
      A boca dia e noite lhe chama.
     Seria sublime de você lembrar.
     Mas meu corpo delira, se inflama!

      Ei-la a saudade a me espiar
      ainda por -me confusa
      Solidão inxirida! Põe-me obtusa
     de vertical na cama
     E... gargalha, gargalha. Quando minha boca lhe chama.