domingo, 28 de setembro de 2014

Alternando.

  Meu amor, fui ao nosso esconderijo,
 no  horário combinado.
O tempo se foi,  expus-me ao perigo,
 e você, nada!
Agora nesta cama,
com um coração que só reclama,
alterno pensamentos com cenas
do nosso romance.
Queria eu que apenas
justificasse sua ausência
que pôs-me em desmantelo!
O bom senso diz , mande-o partir.
o coração insiste, ai decido: vou vê-lo.
Ah! essa paixão me assola!
a cabeça se esquenta rapinho devora
filme imagens do nosso romance,
poe-me ,, num instante,
desenfreada!
custa-me esnobar suas carícias,
são pura delícias,
no cabelo, neste outrora
exuberante rosto
 neste  agora...
enlanguecido  corpo!
E assim, no sofá, entre
longos arquejos,
doloridos ais
solferina desejo:
que de nosso encontro não esqueça mais.