segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Catacrese.

  Eu  dirigia-me à casa de tia Olga,  de repente senti-me mal.  Parei ao PÉ da LADEIRA. Sentei-me ofegante e perscrutando ao derredor. Ali permaneci até quando senti melhora.
  ao recomeçar a caminhada, Vei-me um   incômodo na BOCA do ESTÔMAGO, à PLANTA do PÉ. Era um gosto amargo no PÉ da LÍNGUA, que encheu duma água azeda, o CÉU da BOCA! Apreensiva sentei-me na grama. Fitando o céu notei que estava prestes a despencar um PÉ de AGUACEIRO, precedido por um PÉ de VENTO, daqueles!
  Lépida levante-me para correr e chegar à casa de minha tia,  achar um abrigo.Mas...nossa! Arfei com u'ma dor na BATATA da PERNA, que cai. Sem saber  se seguia, se voltava. Decidir por seguir em frente.
  Como estava sob dor e mal-estar, desviei-me do caminho, sem notar. Deparei-me à BOCA duma MATA. A mata era FECHADA. Deu-me medo! Então, permaneci quieta, sondando o ambiente, até quando Veio a BOCA da NOITE.
   As estrelas e os pirilampos já alumiavam a mata, quando ouvi passos. Forcei a vista e vi um senhor de jeito caipira, mas que passo me confiança.
   Pedi socorro.
   -A donde a siora vai?
   Vou à casa de tia Olga.Ela mora do outro lado. Aliás, nem sei dizer ao certo.
   -Eu cunheço dona Orga é a viúva de seu Manel.
   -isso mesmo. Respondi.
   Levou -me. Agradecemos-lhe, e tia Olga ofereceu-lhe , BABA de MOÇA.
   -Num quero, não dona. Num tenho moça. Quem tem moça, é home casado. Adispoi, cuma se corta   baba? Posso falá u'a coisa no seu PÉ  do UVIDO?
   -Pode, sim.
   -Eu num gosto nem de beijo na boca. Dessa tar de baba, intão...
disse cochichando, mas ouvi.
   Minha ria ofereceu PÉ de MOLEQUE. Ele saboreou prazerosamente, ali mesmo ao PÉ  do alpendre e disse:
   -Donas, vou inbora poi moro perto da BOCA do RIO qui nasce no PÉ da SERRA, num rancho cubrido cum PATA de VIADO. Na frente tem u'a prantação da frô CHAPÉU- de- COURO qui trato cum um dengo, danado e purisso tá u'a belezura! Óios mau num pode oiar. Nu fundo do quintá tem BICO de PAPAGAIO. É u'a lindeza,só!
   Minha tia perguntou: o senhor tem CORDÃO de SÃO FRANCISCO?
   -ô  xente, adispoi de tanto  tempo qui ele morreu, ainda ixiste o cordão dele? !!!
   - E CORDÃO de SÃO CAETANO?
   -Esse tumbém num já se foi?  Minha tia olhou pra mim com um sorriso bailando. eu segurei a gargalhada, com muito esforço.
-Essa cosas qui a sióra falou ,é frô? Se tenho, é cum otros nome   Inté outro dia. Passem bem, adeus
Adeus, respondemos efusivamente , e ele se foi.


 da