quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A Descidadania Nossa de Cada D.ia


Cidadania pra lá, cidadania pra cá,
eta palavra por mim mais escutada
aonde quer que eu vá.

      Mas, cadê a cidadania dos bancos?
      Não vejo, não.
      Nos hospitais, piorou.
Nas escolas, só parcialmente, chegou.

No ramo empresarial, aí, a cidadania vai mal!
Acho até que moribumda,
em filas, nos coletivos, ela, simplesmente,
se afunda!

Cidadania, pra mim, é ter direito a não votar,
      é ver os governantes nos consultar,
      quando uma tarifa quisesse majorar.
      quando  a Constituição quisesse mudar,
      num plebiscito teriam, que nos consultar.
      Mas essa cidadania não é exercida!
      Será que a verei, no fim da minha vida?

Lida, num dos quesitos da Constituição,
cada um e nós até parece cidadão.
E somos, claro, em tempo de eleição.

      Infelizmente, a cidadania não alcança
      quem dorme na calçada,
      com o estômago sem nada,
      os pés descalços,
      no corpo somente trapos.
Cadê a cidadania que se diz tão... abrangente,
      que não abraça essa sofrida gente?

Cidadania é só no papel.
De lá só sai para o alto escalão:
deputado,Senador, Prefeito...
Mas será certo, direito?
Coitado do povão!
sonhando  com cidadania nesta Nação!

     A cidadania é a  pedra no sapato furado
     do operário, do aposentado, do gemente do SUS.
     Aqui mesmo é que ela a ninguém beneficia.
     Aliás, é no SUS que se inicia
a não enxergada descidadania, no físico, na alma,
     toda nossa agonia!

A cidadania do salário, mormente do aposentado,
Deus do céu! É uma picardia!
O deveria ser... ingente,
é um salário indecente;
não sacia sua fome, não sara sua lesão.
Para o operário, cidadania é só falácia,
disso me dou conta, no balcão da farmácia.

      Por hoje é só. Infelizmente, na cidadania
      nada encontrei de melhor, do que relatei acima.
      Se você achou, por deus me ensina.