domingo, 12 de outubro de 2014

Em mim....



    ...Semblante expressando indiferença
    olhos não focalizam nada!
    A alma cheia de descrença
    na cama, em alta madrugada!

       Peito em arquejos
       corpos jazendo entre lençóis
       lábios frementes de desejo
       na cabeça o passado entre nós.

    Madrugada fria...
    mãos que que afasta o lençol
    o  corpo nu que jazia,
    absorve o calor do sol.

       Mais um dia nasce.
       Agora a alma crê num futuro a dois.
       se o desejo esses meus lábios deixasse
       o peito se aliviaria, pois,pois!

    Pois, pois, a indiferença cresce!
    Continuam os arquejos...
    a descrença não se desvanece!
    Luz no fim do túnel. não vejo!!!

      Vejo a casa com cantos sujos
       a cama por arrumar ...
       lanço olhares turvos
       querendo a tudo metralhar.

    Caiu a ficha: futuro a dois, inexiste!
    Chega a noite.Vaga lume aceso....
    E este desejo que insiste,
    põem minha boca, meu corpo coesos.