...Semblante expressando indiferença
olhos não focalizam nada!
A alma cheia de descrença
na cama, em alta madrugada!
Peito em arquejos
corpos jazendo entre lençóis
lábios frementes de desejo
na cabeça o passado entre nós.
Madrugada fria...
mãos que que afasta o lençol
o corpo nu que jazia,
absorve o calor do sol.
Mais um dia nasce.
Agora a alma crê num futuro a dois.
se o desejo esses meus lábios deixasse
o peito se aliviaria, pois,pois!
Pois, pois, a indiferença cresce!
Continuam os arquejos...
a descrença não se desvanece!
Luz no fim do túnel. não vejo!!!
Vejo a casa com cantos sujos
a cama por arrumar ...
lanço olhares turvos
querendo a tudo metralhar.
Caiu a ficha: futuro a dois, inexiste!
Chega a noite.Vaga lume aceso....
E este desejo que insiste,
põem minha boca, meu corpo coesos.